Pedro Costa - puroinstinto.com
2005
As questões do território têm vindo a assumir, no quadro das instâncias internacionais, crescente visibilidade e importância. A inclusão da Coesão Territorial no Tratado de Lisboa, a par da Coesão Económica e da Coesão Social, a recente publicação do Livro Verde sobre a Coesão Territorial pela Comissão Europeia, e a abertura do processo de consulta pública sobre o mesmo, que decorre até final de Fevereiro de 2009, justificam a pertinência e a oportunidade de um
debate nacional sobre o tema.
Neste enquadramento, entendeu a APG promover um debate nacional no seio da sociedade civil sobre Ordenamento do Território e Coesão Territorial em Portugal, envolvendo também as associações profissionais com interesses e responsabilidades no território.
O ciclo de conferências visa preparar um contributo da sociedade civil portuguesa à consulta pública lançada pela Comissão Europeia.
Para que o debate envolva um número diversificado de perspectivas e possa reflectir as expectativas dos vários níveis de intervenção sobre o território, serão organizadas sete conferências regionais, uma em cada região NUT II.
LISBOA 7 de Janeiro FARO 14 de Janeiro ÉVORA 21 de Janeiro PORTO 28 de Janeiro
PONTA DELGADA 4 de Fevereiro COIMBRA 12 de Fevereiro FUNCHAL 18 de Fevereiro
Inscrições em www.apgeo.pt • apg@ics.ul.pt
A nossa homenagem a todos os voluntários. Que fazem muito por todos nós sem muitas vezes nos chegarmos a aperceber, hoje que é o seu dia.
São, hoje muitos e, pensamos, terão de ser mais no futuro. Como há tempos o Arq. Gonçalo Ribeiro Teles, colocava em pergunta provocatória
–“hoje existem os cidadãos, que só têm direitos e deveres, mas quem faz o serviço? Na Civilização Grega e Romana, onde também, existiram cidadãos tinham os escravos para fazer o serviço. E agora quem o faz?”
– alguém, de facto, tem de fazer o serviço. E esse, será muitas vezes feito por voluntários. E como há cada vez mais para fazer, e menos recursos para os pagar, muitos terão de ser feitos voluntariamente.
Se quisermos manter um certo tipo de desenvolvimento e conforto. O crescimento por via do consumo e da economia monetária, já se percebeu, que só por si não chega. Alguns de nós, vão ter de voltar a produzir o que necessitam para viver ou para manter o seu nível de vida. Participar em parte produção para o conseguir é uma resposta possível e já levado à prática por algumas empresas e sectores (e.g. como o conceito IKEA que propõe fazermos parte do trabalho; o hipermercado JUMBO já arranjou uma máquina para registarmos as compras e nós próprios pagarmos tudo no fim; ou a generalização do multibanco e o e-banking pela banca; etc).
Estes colaboradores das firmas e auto produtores/consumidores, a que Alvin Toffler chama prosumers, já são e serão uma força crescente na nossa economia. Apesar de, quer os voluntários , quer os prosumers, ainda entrarem pouco, ou quase nada, nas contas dos economistas. Mas ao assumirem um papel cada vez mais importante na economia, se não forem levados em conta, as previsões económicas cada vez mais tenderão a deslocar da realidade (não só por esta razão mas também por ela). Para além do necessário reconhecimento público generalizado que esta função deve ter a todos o níveis: político, legal, académico, social, cultural, etc.
Por tudo isto o papel de servir voluntariamente os outros que precisam é um verdadeiro acto de cidadania (de serviço e não só de direitos e deveres), que merece ser introduzido na vida de cada um de nós. Faz-nos falta e faz-nos bem. A todos.
para quem quiser saber mais ver http://www.voluntariado.pt/
Começa hoje na RTP 2, quase à meia noite.
Uma hora Catita.
No México este dia é uma festa nacional. Esta é uma celebração de origem indígena que começa a 1 de Novembro, dia de todos os santos, onde se “reencontram” com as crianças, os “angelitos” como lhes chamam localmente. No dia 2 de Novembro, dia dos mortos ou dos fiéis defuntos, como é consagrado no ritual Católico, a homenagem é aos adultos já falecidos.
É uma das festas mexicanas mais animadas. Segundo dizem, os mortos vêm visitar os seus parentes. A festa tem comida, bolos, música e doces, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. Para além de envolver grande composição de flores nos cemitérios, onde a visita é obrigatória.
Entre nós visitar as campas dos entes queridos já falecidos é uma tradição em desuso, especialmente nos meios urbanos. A morte é cada vez mais invisível. O culto, a importância e a atenção dada aos mortos noutros tempos e noutras civilizações parecem estar fora das preocupações actuais. Arredadas para o interior dos hospitais. A morte deve estar escondida.
Curiosamente, como escreveu Lewis Mumford, “a cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos”. Esta é mesmo “precursora, quase o núcleo, de todas as cidades vivas”.
Mas, hoje, na nossa sociedade protegida e envelhecida o “contacto” com os que já partiram é evitado para não ser recordado. Não sabemos se foi ter termos nascido neste dia mas temos sempre a sensação de que quem não respeita a morte não valoriza a vida… Talvez por isso gostaríamos de vir a passar um dia, este dia no México, onde na ritualização entre os dois mundos se celebra a existência.