terça-feira, dezembro 29

Chuva


A chuva e o frio tardaram mas estão para ficar. Não pára de chuver. É bom podendo estar recolhido. Recolha-se.

quinta-feira, dezembro 24

domingo, dezembro 20

End of the afternoon in Albarquel




Albarquel and River Sado



City of Setúbal



S. Filipe Castel (Setúbal)

Novos ventos

É com alguma alegria que começo a ver um outro tipo de discurso disciplinar na arquitectura e no urbanismo. A revista JA (www.jornalarquitectos.pt) chegou-nos esta semana e o título é «SER POBRE» (BEING POOR). E desde o editorial, de Manuel Graça Dias – Uma Cidade Democrática (repescando parte dos pontos de vista de um artigo do número 234 da JA de Jordi Borja) – aos projectos escolhidos e aos ensaios apresentados, passando pela entrevista ao Filipe Balestra, tudo parecia caminhar num outro sentido. Diferente daquele que temos ouvido nas últimas décadas, muito centrado nas questões disciplinares e pouco ligada á vida das comunidades que deu origem ao "Star System" vigente.

Numa das últimas edições do Jornal Expresso o Arq. Souto Moura respondeu a uma “encomenda” do Jornal, onde realizou um projecto de uma casa com um orçamento reduzido para uma família de classe média, onde justamente colocava a arquitectura ao serviço das “classes populares”. Referindo-se na entrevista como sendo esse um dos sentidos desejáveis da arquitectura nos próximos tempos.

As cidades, sempre no centro deste debate, têm de ser alvo de reflexão sobre os caminhos trilhados nas últimas décadas. O direito de acesso à habitação, hoje, alia-se ao do acesso à cidade e à cidadania. Estes têm de se tornar direitos fundamentais para todos. A vida urbana não se compadece com a crescente segregação da cidade. Esta tem de voltar a ser de todos e para todos. Juntos nas diferenças. O objectivo é difícil mas possível e desejável. De outra forma seremos mais pobres como seres humanos. Continuar a construir muros não nos parece urbano, mas sub-humano.

Pôr a arquitectura e o urbanismo a pensar no interesse público é um sinal positivo dos novos tempos. Estas disciplinas começavam a estar confinadas entre o exibicionismo e burocracia mas, felizmente, novos ventos parecem querer soprar.

quinta-feira, dezembro 17

O Tremor de terra

Não foi grande mas já deu para sentir. De madrugada acordámos com a sensação de movimento. Foi estranho e um pouco assustador ver o desajuste e o balançar entre os pilar e a viga do quarto. A completa impotência, durante aqueles breves minutos fez antever o pior. Felizmente acabou rápido e sem qualquer consequência. Ficou apenas uma sensação estranha de respeito(ou medo). Deu para sentir.

segunda-feira, dezembro 7

Gato por Coelha...



Ver a Playboy é o sonho de (quase) todos os rapazes. Ser a sua capa será a consagração definitiva? Não sabemos, mas um "gato" substitui-o a coelhinha tradicional na edição portuguesa de Dezembro. Não é para todos. RAP soma e segue.

sexta-feira, dezembro 4

Uma obra de Arte



Este é um programa televisivo que em termos de formato não é muito diferente de muitos do género. Concorrentes dançam em pares, são avaliados por um Júri e eliminados pela votação do público. Até aqui tudo normal. Mas o fantástico deste programa é a qualidade geral. Os bailarinos são extraordinários, os coreógrafos são fabulosos e até o júri é interessante.

Toda a produção envolvida em cada dança é uma autêntica obra de arte. É uma maravilha ver tanto talento reunido. Se não fosse um programa televisivo seria um espectáculo muito caro e exclusivo, assim todos podemos ver. Uma prova de que a televisão pode fazer Arte. Na Fox.

O país está a mudar mais do que pensamos




Hoje no Público

«Entre 5 e 15 de Novembro, 35 por cento da electricidade consumida em Portugal teve origem no vento. Nesse mesmo período, a energia eólica foi a principal fonte da electricidade consumida a nível nacional, ultrapassando as centrais térmicas. (…)
Um estudo realizado pela Deloitte, ontem apresentado numa conferência organizada pela consultora e pela APREN sobre o impacto económico das energias renováveis em Portugal, salienta que a manter-se o que está previsto na estratégia nacional para esta indústria, a produção esperada (34 terawatts/hora) irá corresponder a 50 por cento do consumo eléctrico nacional dentro de apenas seis anos, em 2015. Para já, em 2008 esse peso foi de 38 por cento, indica também o documento.
(…) o valor previsto a nível de poupanças acumuladas devido às renováveis entre 2005 e 2015, de 15.300 milhões de euros, "daria para duas terceiras travessias sobre o Tejo, dois novos aeroportos mais duas linhas de alta velocidade até Badajoz".
Só em 2008, o país terá poupado 1465 milhões de euros, incluindo ainda as emissões de CO2. Os empregos directos e indirectos chegaram aos 36.100 postos de trabalho.»





O investimento na alteração das fontes energéticas e nos hábitos de consumo (e.g. nas habitações e nos automóveis) são conjuntamente com o investimento na I&D dois dos melhores investimentos que o país está a fazer nos últimos anos. A nossa dependência energética (um dos grandes responsáveis pelo défice externo) e o reforço da capacidade inovadora são mudanças estruturais que interessa inverter e isso está a acontecer, mais depressa que julgamos.
Não se sente da mesma maneira em todos os sectores, mas existirá um efeito de contaminação positivo. Durante alguns anos vamos assistir a “mundos” em queda e “mundos” em ascensão e isso vai ser chocante, mas as mudanças de modelo económico/social e cultural que vivemos assim o exigem.
A escolha individual e colectiva vai ser a qual dos mundos se quer pertencer.