quarta-feira, maio 27

mais um dia que vejo partir...


]mais um dia que vejo partir...[ II

Marques Tavares Carlos

1999
Nesta circunstância só podemos lamentar não ter tal cenário para ver...e constatar, que mais um está a findar.

domingo, maio 24

Farol


Peggy's Cove #1

Carlos Pinto

2009


Gostamos de Faróis.


Não sabemos bem porquê, mas desde a infância que nos fascina. É algo entre a sua função, de ponto de referência e orientação, para os outros, e a sua condição, o isolamento e contemplação, para o próprio. Sendo, só, aparentemente paradoxal. Mas não será sempre assim. Não serão os lugares de referência e orientação sítios de isolamento e cotemplação?

sexta-feira, maio 22

Bairros Criticos

Seminário Internacional

"A Iniciativa Bairros Críticos e as experiências de intervenção sócio-territorial em Portugal"
Dias 25 a 27 de Maio, de 2009, no auditório principal do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

Alto da Ajuda, Lisboa

Com este seminário visa-se a apresentação pública da Iniciativa Bairros Críticos e dos trabalhos que têm vindo a ser desenvolvidos nos territórios abrangidos e a promoção de um debate alargado em torno de experiências de intervenção sócio-territoral, sobre a evolução dos conceitos e das metodologias de abordagem da temática da reabilitação urbana e um conjunto de pistas para a identificação dos factores-chave de sustentabilidade deste tipo de intervenções.



Programa

25 de Maio - segunda-feira

15.00 - Sessão de abertura
15.30 - 16.45 - Painel introdutório: Enquadramento das práticas integradas de intervenção
17.00 - 18.30 - Painel II: Desenvolvimento de intervenções integradas - a Iniciativa Bairros Críticos
26 de Maio - terça-feira

09.00 - 12.30 - Painel III: Intervenções urbanas integradas: experiências em curso
12.30 - Almoço livre
14.00 - 14.45 - Round world café
14.45- 15.45 - Painel IV: Intervenções urbanas integradas: da experiência para o mainstream
16.15 - 18.00 - Painel V: Reflexão prospectiva sobre as intervenções integradas
18.00 - 18.30 - Flashlights: Sumário das intervenções, dos debates e do round world café
27 de Maio - quarta-feira

09.00 - 12.30 - Painel VI: Avaliação das intervenções urbanas integradas
12.30 - Síntese das conclusões do encontro
12.45 - Sessão de encerramento


A inscrição é gratuita, devendo ser formalizada até 21 de Maio, através de correio electrónico (diec@ihru.pt) ou fax (21 723 15 70).
Mais informações:

Divulgação

João Bénard da Costa





Não nos vamos alongar muito sobre a perda que é para todos nós a morte de JBC, outros o farão melhor e com muito mais autoridade. No entanto, gostávamos de evocar a nossa curta memória deste personagem tão inquietante e invulgar da nossa cultura.

A primeira vez que o vimos foi no início da década de noventa, enquanto jovem estudante de arquitectura, num dos ciclos da Cinemateca. Pareceu-nos um daqueles homens fora do tempo, até um pouco empoeirados e de francófona ascendência, como se cria de um intelectual daquela geração. Mas ao ouvi-lo dissertar ao vivo algo de contraditório, ou mesmo anacrónico, existia entre esta primeira imagem e o profundo sentido do que dizia.

Começamos, então, a acompanhar o que escrevia e percebemos que era um homem de excepção. Apesar de ser de esquerda era profundamente crente e católico, algo raro e mesmo difícil de compatibilizar na sua geração. Isso e a sua enorme “panorâmica” sobre a arte e a cultura permitiram que vivesse acima das pequenas coisas que mataram tanto promissor intelectual da sua geração. Permitiu-lhe a liberdade de acção e pensamento. Sempre com uma perspectiva própria, utilizando sempre uma pedagogia encantatória, como nos filmes e na pintura que mais apreciava. Lê-lo era sempre um prazer, apesar de não ser, tal como o próprio, uma escrita do nosso tempo.



No dez de Junho de 2007 tivemos a felicidade de o ouvir ler o magnífico texto que escreveu sobre a cidade de Setúbal e sobre a natureza dos seus mistérios. Foi das coisas mais belas que se fizeram sobre esta cidade nos últimos anos e curiosamente, ou não, não foi feito por alguém de Setúbal, mas por alguém que amava esta região (quem não leu os seus magnificos textos sobre a Arrábida) há muitos anos e que se deixava encantar por aquilo que não é visível que está, quase sempre, para além da imagem.

Muito obrigada pela inspiração que foi e será,




FIM

terça-feira, maio 19

O "novo" JA

Recebemos ontem o novo JA (Jornal dos Arquitectos) e lemo-lo com agrado. A nova Direcção – Manuel Graça Dias & Ana Vaz Milheiro – imprimiu diferenças estruturantes. Tornou-o mais acessível e compreensível, com um conceito editorial mais claro e abrangente para os diversos públicos. Tornou-se bilingue (Português/Inglês) o que é para nós uma grande vantagem para qualquer publicação disciplinar que queira ganhar mercado e com isso maior dimensão e massa crítica. Positiva a mudança.

Apesar dos autores (arquitectos) continuarem a ser sistematicamente repetidos, chamamos a atenção para o artigo de Jordi Borja e a entrevista de Helena Roseta que obrigam a pensar fora dos espartilhos habituais – disciplinares e político/mediáticos – algumas questões verdadeiramente importantes para a vida das pessoas e das cidades.

A seguir com atenção.

quarta-feira, maio 13


Foto Jornal Público

Procissão de Nossa Senhora da Conceição

Bela Vista em Setúbal

É necessário ter muita Fé, não só em Deus (que é um privilégio de alguns), mas, fundamentalmente, nos homens para mudar as coisas. O pior é acreditar que os dados já estão definitivamente lançados e que nada se pode fazer. Bem-haja os que ontem tiveram a coragem de continuar a acreditar, em Setúbal, particularmente, na Bela Vista.

Também somos daqueles que recusamos a resignação. É preciso dar futuro a estes jovens, que consideram ser indiferente viver ou morrer e para isso é necessário acreditar que tudo pode mudar basta ter a disponibilidade de acreditar. Não é fácil mas é possível. Vamos tentar.

terça-feira, maio 12

Letras como expressão


4 estações...
Elsa Sousa Faria
2009


Desde a invenção da escrita que a letra é utilizada como forma de expressão visual. A arquitectura tem sido um dos seus veículos. Lembramo-nos do ensaio de Robert Ventury, nos anos 70 que, entre outras coisas, referia a importância da escrita como símbolo urbano por excelência (Venturi, Robert, Denise Scott Brown, and Steven Izenour. Learning from Las Vegas: The Forgotten Symbolism of Architectural Form. Cambridge, MA: MIT Press, 1977).

Las Vegas, precursora do néon, demonstrava à saciedade que a escrita podia e devia ser uma forma de expressão na cidade. Particularmente a partir da publicidade e da possibilidade de a tornar artística, com o advento da Pop Arte. Hoje com os novos meios de comunicação e as novas capacidades técnicas e tecnológicas (o binómio arte & técnica é inesgotável), a escrita assume cada vez mais um papel de comunicação/expressão em todos os campos da arte, particularmente no da arquitectura. Com resultados cada vez mais interessantes.