Marcelo tem muitas qualidades que aprecio. Foi, e é o meu Presidente.
Mas o seu objetivo é sempre ser o melhor. Desde pequenino. E quer ter melhor votação que Mário Soares na 2ª Volta. Mas a sua mania de querer ter 20 (vinte) a tudo, colocando a sua "nota" à frente do interesse nacional, vai-lhe trazer trazer alguns dissabores. O País devia ser a sua única prioridade. Não a maior votação. A votação é o resultado de uma acção relevante, não de uma acção interesseira.
Costa quer ter o Presidente na mão e este permite que assim seja, em troca do apoio dos Socialistas, à sua reeleição. Mas tudo pode vir a ser diferente.
André Ventura tentará capitalizar a extrema direita. Marisa Matias, fará mais uma vez a simpática da extrema esquerda, faltando ainda saber o candidato de serviço, o Sr. 2%, do PCP. Desculpem CDU.
Ana Gomes não poderá deixar de ir em frente, depois do noivado declarado entre Costa e Marcelo, na Ford Volkswagen, a sua esquerda obriga.
Mas se nos extremos estamos assim, falta o centro. O que parecia ser o quintal de Marcelo está a deixar de o ser. No centro-direita a atitude do presidente, que a dava como garantida, começa a mudar.
Mesquita Nunes, parece querer, mas hesitar. Surge agora a hipótese de Miguel Albuquerque. No caso do líder da Madeira avançar, ou outro como ele do lado do PSD a coisa pode piar mais fina.
A brincar com coisas sérias e com o País a azedar nos próximos meses, o presidente, ao ligar o seu destino a Costa, pode ir arrastado no seu previsível plano descendente.
Talvez assim arrisque perder a melhor nota e não conseguir dispensar na oral, tendo que ir à segunda volta. E isso pode mudar tudo.