quarta-feira, setembro 13

Onde é o voto útil ao eleitorado moderado em Setúbal?

Votar começa por ser uma avaliação a quem nos governa. Partimos daquilo que são as nossas convicções, expectativas, valores, ideologias e  renovamos ou não, o voto nesse governo. No próximo dia 1 de Outubro faremos o balanço dos anos de liderança que a atual maioria comunista (absoluta) tem à frente dos destinos do concelho. Dezasseis anos é tempo suficiente para percebermos como respondeu este governo aos nossos anseios pessoais e coletivos.

Para os comunistas haverá poucas dúvidas em quem vão votar. O seu governo tem correspondido às aspirações, mesmo que zonas sem saneamento básico, em contraposição com uma certa ostentação promovida pela autarquia lhes possa provocar alguma má consciência ou os deixe embaraçados. Mas fielmente continuarão a ter em quem votar. A esquerda não alinhada e mais radical também encontrará uma oferta alargada de partidos para poder expressar o seu descontentamento relativamente ao projeto comunista em Setúbal. Mas e o eleitorado moderado? Que alternativas úteis lhe restam?

O eleitorado moderado setubalense é muito relevante porque é ele que tem permitido aos comunistas governarem a cidade. Sem ele a CDU não podia ganhar, muito menos com maioria absoluta. É a este eleitorado que cabe a decisão de manter ou não a atual situação em Setúbal.

Os satisfeitos continuarão a votar na atual maioria comunista responsabilizando-se pela sua manutenção. Mas os insatisfeitos vão querer tornar útil o seu voto para mudar (ou pelo menos moderar) o poder  atual. Mas onde será esse voto mais útil?  No nosso entender, nas atuais circunstâncias, só o PSD pode tornar esse voto útil.

Os eleitores do CDS/PP veem dificultada a sua representação autárquica em  Setúbal, pois ao querer concorrer sozinho, este partido, tornou-a quase impossível, sendo o voto aí pouco útil para mudar alguma coisa.

Quem apoia o PS vê o seu partido localmente manietado pelo efeito “Geringonça”. A ausência de apoio do PS nacional na campanha local, já em si sem qualquer ambição, só atesta  a necessidade de não beliscar o Partido Comunista em Setúbal, seu aliado nacional. Os eleitores da área socialista moderada não sentem que o seu partido tradicional lhes possa ser útil.

Por outro lado, o eleitorado moderado tem visto no PSD local uma energia  contagiante na forma como interpreta e lidera a vontade dos setubalenses e azeitonenses. As suas propostas emanam da sociedade, são claras, equilibradas, moderadas e exequíveis. De tal forma que têm marcado a agenda local e afirmam-se como as únicas alternativas conhecidas ao poder instalado. E só se é útil ao eleitorado moderado se a maioria absoluta que nos governa puder ser mudada ou condicionada.


A escolha que faremos no dia 1 de Outubro é fundamental para o futuro do nosso concelho. Se Setúbal Quer mudar, como acreditamos, está na hora de votar nessa mudança.