Votar
começa por ser uma avaliação a quem nos governa. Partimos daquilo que são as
nossas convicções, expectativas, valores, ideologias e renovamos ou não, o voto nesse governo. No
próximo dia 1 de Outubro faremos o balanço dos anos de liderança que a atual
maioria comunista (absoluta) tem à frente dos destinos do concelho. Dezasseis
anos é tempo suficiente para percebermos como respondeu este governo aos nossos
anseios pessoais e coletivos.
Para
os comunistas haverá poucas dúvidas em quem vão votar. O seu governo tem
correspondido às aspirações, mesmo que zonas sem saneamento básico, em
contraposição com uma certa ostentação promovida pela autarquia lhes possa
provocar alguma má consciência ou os deixe embaraçados. Mas fielmente
continuarão a ter em quem votar. A esquerda não alinhada e mais radical também
encontrará uma oferta alargada de partidos para poder expressar o seu
descontentamento relativamente ao projeto comunista em Setúbal. Mas e o eleitorado
moderado? Que alternativas úteis lhe restam?
O eleitorado
moderado setubalense é muito relevante porque é ele que tem permitido aos
comunistas governarem a cidade. Sem ele a CDU não podia ganhar, muito menos com
maioria absoluta. É a este eleitorado que cabe a decisão de manter ou não a
atual situação em Setúbal.
Os
satisfeitos continuarão a votar na atual maioria comunista responsabilizando-se
pela sua manutenção. Mas os insatisfeitos vão querer tornar útil o seu voto
para mudar (ou pelo menos moderar) o poder
atual. Mas onde será esse voto mais útil? No nosso entender, nas atuais circunstâncias,
só o PSD pode tornar esse voto útil.
Os eleitores
do CDS/PP veem dificultada a sua representação autárquica em Setúbal, pois ao querer concorrer sozinho,
este partido, tornou-a quase impossível, sendo o voto aí pouco útil para mudar
alguma coisa.
Quem
apoia o PS vê o seu partido localmente manietado pelo efeito “Geringonça”. A ausência
de apoio do PS nacional na campanha local, já em si sem qualquer ambição, só
atesta a necessidade de não beliscar o
Partido Comunista em Setúbal, seu aliado nacional. Os eleitores da área socialista
moderada não sentem que o seu partido tradicional lhes possa ser útil.
Por
outro lado, o eleitorado moderado tem visto no PSD local uma energia contagiante na forma como interpreta e lidera
a vontade dos setubalenses e azeitonenses. As suas propostas emanam da
sociedade, são claras, equilibradas, moderadas e exequíveis. De tal forma que
têm marcado a agenda local e afirmam-se como as únicas alternativas conhecidas ao
poder instalado. E só se é útil ao eleitorado moderado se a maioria absoluta
que nos governa puder ser mudada ou condicionada.
A
escolha que faremos no dia 1 de Outubro é fundamental para o futuro do nosso
concelho. Se Setúbal Quer mudar, como acreditamos, está na hora de votar nessa
mudança.
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