segunda-feira, dezembro 29

Marvão

Saudades do Campo, vontade de entrar no Ano Novo com o pé direito e os pulmões oxigenados são alguns dos motivos que nos levam a esta zona raina. Depois é tudo o mais, boa comida e património construído: natural e urbano. O resto é paisagem.

sexta-feira, dezembro 26

Austrália o filme


Este é um filme diferente parecendo não o ser. Aparentemente é um épico romântico de acção e aventura. Uma história de amor em tempos difíceis, com uma boa dose de western à mistura e uma criança pelo meio. Mas isto é só aparência.
Este filme passa-se na Austrália no período pré-Segunda Guerra Mundial, o filme conta a história de uma inglesa (NICOLE KIDMAN), viúva e sem filhos de um aristocrata, que viaja a esse continente longínquo, onde conhece um australiano rude (HUGH JACKMAN), também viúvo e sem filhos, mas de uma autóctone.

Mas o filme começa por ser uma homenagem à “geração roubada”, que sendo mestiços (brancos com aborígenes) foram retirados às mães e suas comunidades para serem criados por missões onde eram “aculturados” para não receberem a cultura de origem. E o menino mestiço, que perde a mãe e apesar de se sentir perdido entre os seus dois mundos de origem, sente o impulso de seguir a sua cultura milenar que o avô, um mágico aborígene, lhe quer delegar e ele acaba por encarar como sua. Apesar de ser “perfilhado” pelo casal protagonista.



No fundo todos se encontram entre mundos, atraídos pelo novo mas condicionados pela memória do passado. Onde uns se encontram e outros não. Um filme que toca problemas de hoje, vivido numa Austrália em construção, num mundo, então, em destruição. Que fazer com a nossa herança pessoal e colectiva quando temos vontade e necessidade de viver em conjunto, muitas vezes sem saber como.

Tudo isto com muita aventura, coragem e bandidos pelo meio. A não perder mas com olhos de ver.


quarta-feira, dezembro 24

Feliz Natal



NATAL À BEIRA-RIO

É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?


David Mourão-Ferreira, Obra Poética 1948-1988
Lisboa, Editorial Presença, 1988

quinta-feira, dezembro 18

Divulgação

CICLO DE CONFERÊNCIAS:

Ordenamento
do Território
e Coesão Territorial

Contributo para o debate público
do Livro Verde sobre
Coesão Territorial Europeia
De 7 de Janeiro a 18 de Fevereiro de 2009



As questões do território têm vindo a assumir, no quadro das instâncias internacionais, crescente visibilidade e importância. A inclusão da Coesão Territorial no Tratado de Lisboa, a par da Coesão Económica e da Coesão Social, a recente publicação do Livro Verde sobre a Coesão Territorial pela Comissão Europeia, e a abertura do processo de consulta pública sobre o mesmo, que decorre até final de Fevereiro de 2009, justificam a pertinência e a oportunidade de um
debate nacional sobre o tema.

Neste enquadramento, entendeu a APG promover um debate nacional no seio da sociedade civil sobre Ordenamento do Território e Coesão Territorial em Portugal, envolvendo também as associações profissionais com interesses e responsabilidades no território.
O ciclo de conferências visa preparar um contributo da sociedade civil portuguesa à consulta pública lançada pela Comissão Europeia.

Para que o debate envolva um número diversificado de perspectivas e possa reflectir as expectativas dos vários níveis de intervenção sobre o território, serão organizadas sete conferências regionais, uma em cada região NUT II.

LISBOA 7 de Janeiro FARO 14 de Janeiro ÉVORA 21 de Janeiro PORTO 28 de Janeiro

PONTA DELGADA 4 de Fevereiro COIMBRA 12 de Fevereiro FUNCHAL 18 de Fevereiro

Inscrições em www.apgeo.pt • apg@ics.ul.pt

Blue is the colour


O lago

Jocope

2008

terça-feira, dezembro 16

Retratar a Alma



Titus Sentado à Secretária

Rembrandt

1655


Hoje, pelas 18 h é inaugurado no Museu de Arte Antiga, em Lisboa, uma nova exposição permanente e a Exposição Titus Sentado à Secretária, de Rembrandt. Mais 8 desenhos e gravuras, até 8 de Fevereiro.

Rembrandt é considerado por muitos o retratista da alma. Este retrato do seu filho Titus é um dos mais conhecidos e apreciados, entre os estudiosos do autor.

Nós tivemos oportunidade de o ver, juntamente com muitos outros quadros, em 2006, Amesterdão. Nessa exposição juntavam-se dois grandes maneiristas, Rembrandt e Caravaggio, numa gigantesca retrospectiva, onde se confrontavam a pintura seiscentista do sul e do norte da Europa. Retrato de uma época em que esta última, vivia convulsões internas, particularmente no domínio religioso com os movimentos protestantes do norte face ao catolicismo do Sul. Mas apesar de reflectirem esse contexto os dois génios foram muito para além disso, pintando os dramas intemporais da existência humana.

Titus Sentado à Secretária, apesar de ser só um quadro, está à nossa espera juntamente com as gravuras e desenhos onde Rembrandt se notabilizou pela excelência do seu traço, correndo pela Europa de então, muito antes das suas pinturas.

A não perder…

segunda-feira, dezembro 15

The World is Changing



menina himba II

Elsa Sousa Faria

2008



«A great change is coming over childhood in the world’s
richest countries.


Today’s rising generation is the first in which a majority are
spending a large part of early childhood in some form of
out-of-home child care.


At the same time, neuroscientific research is demonstrating
that loving, stable, secure, and stimulating relationships
with caregivers in the earliest months and years of life are
critical for every aspect of a child’s development.


Taken together, these two developments confront public
and policymakers in OECD countries with urgent questions.
Whether the child care transition will represent an advance
or a setback – for
today’s children and tomorrow’s world –
will depend on the response.
»


In «The child care transition:
A league table of early childhood education
and care in economically advanced countries»


UNICEF Innocenti Research Centre, 2008




Divulgação - LASA

Convite

A Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, LASA, instituição regional sem fins lucrativos, realizou durante o ano de 2008, o X Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage.
Os trabalhos vencedores, foram compilados num livro a editar pela LASA, que teve como patrocinadores as principais instituições que contribuíram com o valor monetário para os prémios nas modalidades de Poesia, Ensaio e Revelação.
Foi realizada a entrega dos prémios no Dia da Cidade e de Bocage, 15 de Setembro nos Paços do Concelho. Tendo em vista o lançamento público do livro no dia 21 de Dezembro, dia que assinala o falecimento de Bocage, a direcção da LASA tem a honra e o prazer de o convidar para a sessão de lançamento do Livro do X Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage, que se realiza no dia 21 de Dezembro no Salão Nobre dos Paços do Concelho pelas 16 horas.
Para além da obra que inclui os trabalhos premiados neste X Concurso Literário, a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão tem a honra de informar que vai proceder na mesma cerimónia protocolar do dia 21, ao lançamento de um livro que se intitula “Património Azulejar de Setúbal e Azeitão", um esforço de pesquisa e de inventariação fotográfica e histórica que ao longo de mais de quatro anos, o Núcleo do Património da Lasa desenvolveu.
A Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão orgulha-se de apresentar este livro inédito e tecnicamente irrepreensível, sobre um tema da maior importância para o nosso património, contribuindo assim e uma vez mais para a salvaguarda do legado patrimonial para as gerações futuras e para a divulgação dos valores da identidade que enriquecem o concelho de Setúbal.
A cerimónia tem a presença de Ana Madureira, do Instituto dos Museus e da Conservação.
Com os mais sinceros cumprimentos ficamos a aguardar uma resposta de Vossa Excelência.

Setúbal, Cidade do Rio Azul, 05 de Dezembro de 2008

Pela Direcção.

Carlos Alberto Pires da Silveira

Presidente.

LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão
Fundada em 28 de Novembro de 1955 Alvará nº4 NIPC 501.417.680
Sede Social - Travessa do Garim, n.º 6, 2900-386 Setúbal
Serviços Administrativos e Local de Reunião – Travessa do Garim, n.º 6, 2900-386 Setúbal
Endereço Postal - Apartado 292 2901-901 Setúbal PORTUGAL Telf e Fax – 265.235.000
Email :
info@lasa.pt / lasasetubal@gmail.com

quinta-feira, dezembro 11

quarta-feira, dezembro 10

Grécia em chamas


Hoje no Público:

«O barril explodiu porque tinha que explodir. A morte do jovem Andreas Grigoropoulos, de 15 anos, baleado pela polícia no passado sábado num bairro boémio de Atenas, serviu de detonador mas não explica tudo.(…)
(…) temos 25 anos, terminámos os estudos, não temos dinheiro e só nos resta partir para o estrangeiro", afirmou Anastassia Kotzamani, uma recém-licenciada em Sociologia de 25 anos citada pela AFP. Porque "há toda uma geração que vê os seus pais endividados até aos dentes e que sente que o futuro não lhes vai trazer nada de bom", explicou ao Guardian Christos Mazanitis, um jornalista de Atenas. "Estes motins são sobre o medo e o desespero."(…)
Na lista de causas para esta "revolução", à qual o Governo conservador poderá não sobreviver, está também a corrupção no sector público, a falta de investimento em sectores chave como a educação ou a saúde, a degradação dos subúrbios e o autismo de um poder (…)»

A falta de perspectivas, a falta de justiça, a mentira e a angústia podem ser um barril de pólvora. Especialmente entre os mais novos. Que aparentemente não têm nada a perder.
Já aqui escrevemos que uma das tensões crescentes na Europa, fruto da conjugação do esgotamento do modelo social europeu com a tendência estrutural do envelhecimento da população, será o conflito geracional. A tradicional luta de classes pode transformar-se numa luta de gerações. Os mais velhos não querem perder o que já têm, os mais novos querem poder ter uma vida decente. Resolver isto é quase a quadratura do círculo.

Mas as novas gerações são o futuro e este merece uma oportunidade. É bom acompanhar esta realidade de perto, porque entre nós e a Grécia há mais pontos em comum do que se possa pensar...

terça-feira, dezembro 9

Encontro anual - Os 10 anos da LBPOTU


Esta iniciativa levada a cabo pela AD URBEM (ver programa) no próximo dia 12 (6F) no LNEC, vem provar que a área do Ordenamento do Território e Urbanismo já começa a ter uma comunidade académica e profissional considerável. Estão no Programa definitivo 29 comunicações, para além das cerimónias de abertura e encerramento e da 6 intervenções de enquadramento de cada um dos temas.

Por tudo isto, para além de um balanço de dos 10 anos da aprovação da Lei de Bases da Politica de Ordenamento do Território e Urbanismo, esta iniciativa parece poder configurar-se num Estado da Arte do sector, em Portugal. E pela abrangência temática e profissional de abordagens afigura-se um mosaico, relativamente, plural de abordagens disciplinares.

A não perder…



Ainda espero ver a dança das nuvens sobre o rio


J. PEDRO MARTINS


2008

Ver através


ARQUEOFOTOGRAFIA

Alessandro Alvarenga Tocafundo

2008

segunda-feira, dezembro 8

Padroeira de Portugal


Hoje é dia de Nossa Senhora da Conceição e, só por isso, é feriado nacional.

Mas a razão vem de longe e está relacionada com a restauração da nacionalidade. D. João IV , para agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência de Portugal em relação a Espanha fez dela padroeira de Portugal. Numa cerimónia em Vila Viçosa, onde ainda se encontra a imagem coroada. A partir dessa data, mais nenhum rei português usou coroa na cabeça, por se considerar que só a Virgem tinha esse direito.

Até quando eram representados em quadros os reis não a usavam, a coroa ficava pousada ao lado, sobre uma mesa, num tamborete ou almofada de cetim. O respeito pela independência já foi grande... Assim como por Nossa Senhora...

pós- DaDa


Hitler Gang

Kurt Schwitters

1944

sábado, dezembro 6

DaDa


Da Dandy

Hannah Höch

1919


«Eu desejo esbater as firmes fronteiras que nós,
pessoas autoconfiantes temos tendência para delinear
em torno de tudo o que conseguimos atingir


Hannah Höch

sexta-feira, dezembro 5

Voluntário (s)


don't be afraid

rattus

2008



A nossa homenagem a todos os voluntários. Que fazem muito por todos nós sem muitas vezes nos chegarmos a aperceber, hoje que é o seu dia.

São, hoje muitos e, pensamos, terão de ser mais no futuro. Como há tempos o Arq. Gonçalo Ribeiro Teles, colocava em pergunta provocatória
–“hoje existem os cidadãos, que só têm direitos e deveres, mas quem faz o serviço? Na Civilização Grega e Romana, onde também, existiram cidadãos tinham os escravos para fazer o serviço. E agora quem o faz?”

– alguém, de facto, tem de fazer o serviço. E esse, será muitas vezes feito por voluntários. E como há cada vez mais para fazer, e menos recursos para os pagar, muitos terão de ser feitos voluntariamente.

Se quisermos manter um certo tipo de desenvolvimento e conforto. O crescimento por via do consumo e da economia monetária, já se percebeu, que só por si não chega. Alguns de nós, vão ter de voltar a produzir o que necessitam para viver ou para manter o seu nível de vida. Participar em parte produção para o conseguir é uma resposta possível e já levado à prática por algumas empresas e sectores (e.g. como o conceito IKEA que propõe fazermos parte do trabalho; o hipermercado JUMBO já arranjou uma máquina para registarmos as compras e nós próprios pagarmos tudo no fim; ou a generalização do multibanco e o e-banking pela banca; etc).

Estes colaboradores das firmas e auto produtores/consumidores, a que Alvin Toffler chama prosumers, já são e serão uma força crescente na nossa economia. Apesar de, quer os voluntários , quer os prosumers, ainda entrarem pouco, ou quase nada, nas contas dos economistas. Mas ao assumirem um papel cada vez mais importante na economia, se não forem levados em conta, as previsões económicas cada vez mais tenderão a deslocar da realidade (não só por esta razão mas também por ela). Para além do necessário reconhecimento público generalizado que esta função deve ter a todos o níveis: político, legal, académico, social, cultural, etc.

Por tudo isto o papel de servir voluntariamente os outros que precisam é um verdadeiro acto de cidadania (de serviço e não só de direitos e deveres), que merece ser introduzido na vida de cada um de nós. Faz-nos falta e faz-nos bem. A todos.

para quem quiser saber mais ver http://www.voluntariado.pt/

quinta-feira, dezembro 4

Talvez DaDa


Incisão com a faca de cozinha dada através da barriga de cerveja da última época cultural weimar alemã.

Hannah Höch

1920

Não sabemos se terá sido da febre, mas ocorreu-nos sabe-se lá porquê, começarmos hoje uma mostra de obras do movimento Dada ou Dadaísmo. Este teve o seu inicio numa altura de grande desilusão e amargura, que quebrava as expectativas do início do século XX. Resultado do começo da I Guerra Mundial, em 1916, reuniram-se um conjunto de artistas, intelectuais, dissidentes politicos e outros personagens no Cabaret Voltaire, em Zurique, na Suiça, País neutro. A ideia era contestar os valores vigentes, artisticos ou sociais e com isso divertirem-se e chocarem os mais conservadores, ou seja a grande maioria. Mas num periodo de crise e de quebra de expectativas e de ameaça real ao modo de vida, durante a guerra, e, a uma vontade de alienação, depois dela, veio a conquistar grande audiência no meio artistico e intelectual. Tão fulgurante como foi o seu surgimento e cheio de vida assim foi para ser dado como terminado, apesar de pouco consensual, em 1923. No entanto, este deixou muitas pistas para a arte do século, entre as quais o anuncio da “morte da arte”, a vontade de ruptura com a história (principalmente a H. de Arte) e a possibilidade de “tudo ou nada” ser considerado arte, bastando para isso uma intensionalidade, que poderia estar quer no artista quer no observador. Podendo os objectos de uso corrente ser utilizados como materia para realizações artisticas. Ainda hoje, como então, isto é discutivel e merece as mais acessas opiniões. Mas foi ai Dada essa possibilidade.

Começamos com uma mulher: Hannah Höch. A única mulher do movimento em Berlim. Que mesmo pertencendo a um movimento libertário e libertador teve as suas dificuldades em se impor entre os seus pares. Mas que, indicutivelmente, merece lugar de destaque.

quarta-feira, dezembro 3


. . . e x c ê n t r i c a s . . .

Bruno Abreu

2008


Estar doente é sempre uma situação estranha. Mas estar com uma gripe de tal forma violenta é uma sensação estranhíssima. Começou inesperadamente, no dia feriado. E hoje o médico mandou-nos ficar, pelo menos mais três dias de cama. Uma semana, portanto. Ele, o médico, ria-se das nossas queixas e dizia que eram dezenas as pessoas que estavam assim. O surto parece ser grande. E o seu humor, ainda maior. Vamos ver se terá razão.

Cá em casa, por enquanto, só os homens foram afectados. Nós e o filho. Mas talvez devido à idade foi para nós mais forte. O sangue novo tem outra reacção. Outra energia. Até nisto se nota.

Esta gripe tira o apetite, dá dores de cabeça, mudança de temperatura constante, espirros enormes, uma tosse que nos faz quase levantar voo, dá frio de tremer e bater o queixo e febre alta. Se poderem evitem.

sexta-feira, novembro 28

Divulgação





Os Dez Anos da Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo


Encontro Anual: Dia 12 de Dezembro: LNEC


Programa

Lisboa, LNEC, 12 Dez. 2008


09h30 Recepção dos participantes


10h00 Sessão de abertura

Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita

*Presidente da Ad Urbem, Cláudio Monteiro


Conferência: GÉNESE DA LBPOTU

Conferencista: João Cravinho


11h00 Coffe Break


11h30 Sessões paralelas Manhã


1ª sessão: CONSTITUIÇÃO E POLÍTICA TERRITORIAL

Oradora: Maria da Glória Garcia

Moderadora: Sofia Galvão


2.ª sessão: SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL

Oradora: Fernanda Paula Oliveira
Moderador: Jorge Carvalho


3.ª sessão: ÂMBITO NACIONAL

Orador: Jorge Gaspar

Moderador: Fernando Nunes da Silva


13h00 Almoço


14h30 Sessões paralelas Tarde


4.ª sessão: ÂMBITO REGIONAL

Oradora: Teresa Sá Marques

Moderadora: Margarida Cancela d'Abreu


5.ª sessão: ÂMBITO MUNICIPAL

Orador: António Cândido de Oliveira

Moderador: Jorge Silva


6.ª sessão: AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS TERRITORIAIS

Orador: Paulo Pinho

Moderador: João Cabral


16h15 Coffee Break


16h30 Sessão plenária


CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Moderadores das várias sessões17h00 Debate


18h00 Sessão de encerramento Conferência: EVOLUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO TERRITORIAL

Conferencista: Nuno Portas

Presidente da Ad Urbem, Cláudio Monteiro

Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão


** a confirmar


__Deixá-la ir, a lei das coisaS__

bruno silva

2008

quarta-feira, novembro 26

Mudanças?


Arte Xávega

Tiago

2008


A crise económica que vivemos, como já referi anteriormente, é, em nossa opinião, apenas mais um sintoma de uma mudança de paradigma civilizacional que atravessamos e que baptizaram de: pós-Industrial; terceira vaga (Toffler); pós-Modernidade (muitos incluído Boaventura de Sousa Santos); etc.

Mas dadas as características globais que terá, não deixará, nada nem ninguém imune. A escassez vai gerar uma mudança de valores, necessariamente. O modelo de crescimento material ilimitado está esgotado. Temos todos de viver com o que temos. E a nossa enorme capacidade de adaptação assim o vai impor. Com mais ou menos sacrifícios, mas vai.

Por tudo isso parece-nos que o conceito de “competição” irá, progressivamente, ser substituído por “colaboração”. O que levanta um conjunto de novos desafios a todos níveis. Veremos…

terça-feira, novembro 25

Parabéns filho


Ser Pai foi das coisas mais maravilhosas que nos aconteceram. Faz hoje 13 anos que fomos pais pela primeira vez. Desde então não fomos mais o que tínhamos sido até então. Muito se tornou diferente, senão tudo. A maneira de olhar e posicionar no mundo mudou, para sempre.

Sabemos que não é uma tarefa muito valorizada nos tempos que correm. Mas, para nós, é a maior de todas elas. A mais exigente, a mais completa, a mais permanente. É sempre feita a dois e ninguém pode dizer, nem pai nem filho, que nessa tarefa somos mais experientes, porque vamos aprendendo em conjunto. Ao mesmo tempo.

Por isso no aniversário dos filhos também os pais estão de parabéns. Parabéns filho.

domingo, novembro 23

Hoje chegámos aos 100 000 visitantes



Quando começámos não tinhamos ideia até quando estariamos por cá. Passados 4 anos ainda cá estamos. E a aumentar o número de visitantes de uma forma sustentável. É óbvio que quem se envolve num projecto como este tem de ter, acima de tudo gosto pessoal no que faz, mas mentiriamos se não reconhecêssemos que sem leitores, não teria o mesmo interesse. Um Blog faz-se para comunicar. Agradecemos aos que nos lêem a possibilidade de o partilhar.

Catita?



Na semana passada já se deu o aperitivo, também na RTP 2, do documentário da série que ai vem. Um Mundo Catita é a história, em seis capítulos, de 25 minutos cada, de Vieira e de tudo o mais, que a sua vida sugere (ao que dizem ficcionada).

Sendo pintor, cantor e actor, para além do resto, Manuel João Vieira, é acima de tudo alguém raro, entre nós. É uma espécie de Luís Pacheco, da cultura pós-literária, pós-PREC, ou pós-moderna, conforme quiserem. É uma espécie de personagem sem máscara ou a máscara tornada pessoa. Num País tão pequeno e armado ao sério é obra manter-se assim tantos anos. Manuel João mantém-se.

Vimo-lo há muitos anos, ainda na faculdade, ao vivo lá para os lados de Santos e já era assim há muito tempo. Vimo-lo a ele e ao resto dos seus irmãos, os Catita, que ao que parece, continuam por ai…mais velhos mas na mesma. Na medida em que as mudanças no mundo e na vida permitem que alguém se mantenha.

Estamos curiosos do resultado desta série. Prevemos que será bom. Pelo menos será um registo de uma época e de um fenómeno que a marcou. Muito urbana e muito Lisboeta. Mas não foi por isso que o Fado se tornou a Canção Nacional. Salvo as devidas diferenças, também esta atitude Catita, tem algo de muito português, no seu lado mais cómico e também, trágico.


Os Catita têm uma atitude que nos torna a todos mais ricos, não gastando dinheiro o que em tempos de crise é muito importante. Por isso é não perder.

Riam bastante. Vejam como podem ser criativos, sem se levarem muito a sério. Apreciem como se pode ser inteligente sem ser chato. Poderia ser a mensagem.


Dizem no Público de hoje:

"Não é só uma comédia, frisa Filipe Melo, que com João Leitão realizou e escreveu a série. "É um mockumentary", uma ficção filmada ao estilo do falso documentário como Extras ou O Escritório, de Ricky Gervais."
Será ?



Começa hoje na RTP 2, quase à meia noite.

Uma hora Catita.

quinta-feira, novembro 20

Homenagem


"O vinho inicia-nos nos mistérios vulcânicos do solo e nas riquezas minerais ocultas. Uma taça de Samos degustada ao meio-dia, em pleno sol, ou, ao contrário, saboreada numa noite de inverno, num estado de fadiga tal que nos permita sentir no fundo do diafragma seu fluxo quente, sua abrasadora dispersão ao longo das artérias, é uma sensação quase sagrada e, por vezes, demasiado forte para um cérebro humano."


in Memórias de Adriano de Marguerite Yourcenar

terça-feira, novembro 18

Um retrato pintado

com a alma é um retrato, não do modelo mas do artista

Oscar Wilde




O homem que vendia quadros

António Manuel Pinto da Silva

2008

quarta-feira, novembro 12

Mau Tempo?


__no torpor da tempestade__

bruno silva

2008

O autismo político é o maior inimigo da política



O autismo político é o maior inimigo da política. A Ministra da Educação está a passar essa fronteira. E por pura arrogância arrisca-se a deitar por terra, aquilo que poderia ter sido uma boa ideia: instituir uma avaliação que dignifica-se a profissão de ensinar e através disso melhorar a qualidade geral do ensino.

Somos a favor da avaliação. Mas da avaliação em geral. Uma avaliação sistémica, onde a avaliação dos professores é só uma das partes, dentro de um conjunto alargado e coerente. Esta avaliação dos professores passou a ser encarada como a avaliação do sistema e isso é uma falácia. Os professores são apenas parte do sistema, uma muito importante, mas uma das partes. Numa educação de qualidade a exigência tem ser para todos os envolvidos: professores, alunos, escolas, famílias, comunidade e para o próprio Ministério da Educação. Todos têm de ser bem avaliados, de forma diferenciada mas igualmente exigente.

Este Ministério, tal como o Governo no seu todo, pensaram que hostilizando as classes profissionais, ganhariam a sociedade. Mas esqueceram-se que não se podem fazer as reformas sem os agentes, tal como não se podem fazer as guerras sem os soldados. A Ministra ao dizer que 110.000 professores são os “sindicatos”, como fez no Domingo, é não perceber nada da realidade do ensino, da sociedade e até de política em que se insere.



A aplicação de um método de avaliação à totalidade dos professores sem ser testado previamente numa escala menor e de carácter experimental não lembra ao diabo (é aí que começa o erro deste processo). Sujeitar o País inteiro a uma teimosia destas é ser muito voluntarista e pouco realista. Dizer que um processo Kafkiano como este leva o professor a perder “duas horas” no seu preenchimento é gozar com todos os envolvidos. Essa observação é reveladora da percepção da realidade que a Ministra tem neste momento.

As condições no terreno da educação estão muito difíceis, as salas de aulas são uma verdadeira “arena romana” na generalidade das escolas que leccionam o Básico e, por vezes, já alargada ao Secundário. Enfrentar uma turma é, em si, um processo muito exigente. Enfrentá-la e transmitir qualidade uma verdadeira proeza. Dizer a quem passa por isto todos os dias que trabalha pouco e mal, não é fácil de ouvir.

No entanto, acreditamos que o sistema tem mesmo de melhorar e que a avaliação é uma das formas para o fazer. Mas uma avaliação sem sentido mata o sentido de qualquer avaliação. As palavras não valem por si. Só valem com conteúdo. E é o conteúdo que se tem que afinar. Com todos os envolvidos verificando o que já foi feito e como pode ser corrigido. Difundir as boas práticas e soluções já encontradas e abandonar as menos conseguidas. Corrigindo, melhorando, aceitando os erros e avançando.

Tememos que o autismo, mais uma vez seja o inimigo da política. A demonstração dos “ovos” de ontem, dada pelos alunos de Fafe, é um último aviso. Quando o desprezo e a falta de consideração chegam a isto, pode ser difícil voltar a recuperar as condições políticas para o exercício do cargo. Se a Ministra continuar no mesmo tom, negando a realidade, as coisas podem mesmo correr mal. E para nós correr mal é voltar tudo atrás. Deitar todo este herculeano trabalho fora. Porque numa coisa a Ministra tem razão. O ensino tinha, e tem, de melhorar e para melhorar não podíamos continuar na mesma. O sistema tinha de mudar. A avaliação é indispensável para o fazer. O tempo é, por isso, de avançar mas com sensatez, envolvendo todos os agentes. A exigência é para todos, não para criar bodes expiatórios. Vejamos se o bom senso iluminará a 5 de Outubro.

terça-feira, novembro 4

O Capitão América


Hoje estão a correr a eleições Americanas. A escolha do “Capitão” da maior potência do mundo é olhada com uma atenção redobrada num tempo de mudança. Mas, pensamos, estar nesta mudança, o início do fim da supremacia americana sobre o mundo.

Muitas expectativas estão colocadas nesta eleição, especialmente, pelo menos do lado europeu, na possível eleição de Barack Obama (BO). No entanto, apesar de poder criar um novo ambiente e isso não ser um factor a desprezar, acreditamos que nada mudará assim tanto. Mesmo ganhando BO. Os problemas internos dos USA são tão difíceis que boa parte da gestão vai ser corrente e muito virada para dentro. Onde os interesses especificamente norte americanos vão estar sempre em cima da mesa, com tudo o que isso pode trazer de (más) consequências ao mundo, particularmente aos mais directamente dependentes dos Estados Unidos, como é o caso da Europa.

A gestão da guerra não vai ser pacífica. Qualquer solução vai parecer sempre uma má solução, quer no Iraque quer no Afeganistão.

A atenção e a expectativa que a Europa está a colocar nesta eleição são, também elas, reveladoras das dificuldades internas que sente. Mas estão enganados aqueles que pensam que será a América a ajudar a Europa a resolver os seus problemas.

O “Capitão”, esteja mais ou menos armado, vai ter a sua atenção toda voltada para dentro o que pode não ser muito bom para quem está à espera de "milagres" universais.

Divulgação



Casal da Figueiras em Setúbal do Arq. Gonçalo Byrne
uma operação SAAL


AULA ABERTA – OLHAR, ESCUTAR E DISCUTIR



Sociologia Urbana

O habitar como acto de cidadania: Da participação ao envolvimento nos processos de realojamento.



Discussão com a presença dos Professores Nunes da Silva e Jorge Gonçalves e dos arquitectos Helena Mire Dores e Samuel Roda Fernandes após a projecção de um documentário sobre as operações SAAL.

Instituto Superior Técnico

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura

17 (adiado)_11_2008, 13:30-15:30, Sala V0.01

domingo, novembro 2

Dia dos mortos


by Yuri Awanohara © Yuri Awanohara 2008




No México este dia é uma festa nacional. Esta é uma celebração de origem indígena que começa a 1 de Novembro, dia de todos os santos, onde se “reencontram” com as crianças, os “angelitos” como lhes chamam localmente. No dia 2 de Novembro, dia dos mortos ou dos fiéis defuntos, como é consagrado no ritual Católico, a homenagem é aos adultos já falecidos.

É uma das festas mexicanas mais animadas. Segundo dizem, os mortos vêm visitar os seus parentes. A festa tem comida, bolos, música e doces, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar. Para além de envolver grande composição de flores nos cemitérios, onde a visita é obrigatória.

Entre nós visitar as campas dos entes queridos já falecidos é uma tradição em desuso, especialmente nos meios urbanos. A morte é cada vez mais invisível. O culto, a importância e a atenção dada aos mortos noutros tempos e noutras civilizações parecem estar fora das preocupações actuais. Arredadas para o interior dos hospitais. A morte deve estar escondida.

Curiosamente, como escreveu Lewis Mumford, “a cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos”. Esta é mesmo “precursora, quase o núcleo, de todas as cidades vivas”.

Mas, hoje, na nossa sociedade protegida e envelhecida o “contacto” com os que já partiram é evitado para não ser recordado. Não sabemos se foi ter termos nascido neste dia mas temos sempre a sensação de que quem não respeita a morte não valoriza a vida… Talvez por isso gostaríamos de vir a passar um dia, este dia no México, onde na ritualização entre os dois mundos se celebra a existência.





by Yuri Awanohara © Yuri Awanohara 2008