segunda-feira, abril 28

O início da mudança?

Foi por demais evidente a diferença de atitude e de discurso da Dr.ª Manuela Ferreira Leite, relativamente a outros líderes e a outros candidatos.
O PSD é um instrumento ao serviço do País, quando deixar de o ser passa a ser irrelevante, tornando-se apenas uma caricatura de si próprio.
O primeiro passo está dado: recolocar o PSD no caminho da credibilidade. Agora falta começar a construir a alternativa.

António Cunha Vaz



No Público 2 de hoje:

«Se Menezes se recandidatasse contra Manuela Ferreira Leite, ganhava. A política é um circo. Ser agente de comunicação, em simultâneo, de vários bancos concorrentes, de políticos e de um clube de futebol pode ser bom para todos. Exercer influência não é crime»

Dito por António Cunha Vaz, um homem que parece «estar farto de estar na sombra


Esta entrevista revela bem quem realiza hoje o trabalho de “ilusão” que domina os vários aspectos da nossa vida politica, económica e mesmo cultural. Interessante como testemunho “antropológico” da nossa contemporaneidade. Estes homens parecem mandar mais do deviam e querer influenciar muito para além do que mereciam.

Ai, ai eo fim de semana que já lá vai...


Galé
Abril 2008

quinta-feira, abril 24

Tirem-nos deste filme...

Iremos assistir à segunda parte do mesmo filme? Mas desta vez mais trágico, ou cómico, como quiserem.

Na 1ª Parte, Durão Barroso saiu para a “Europa” quando percebeu que era mais fácil o País mudar de Primeiro-ministro do que ele mudar o País. Deixou Santana para acabar o serviço. Este, que tem de si próprio a ideia de um predestinado, não resistiu. Achou que (afinal)a sua hora sempre tinha chegado. O resultado foi o que se viu.

Na 2ª Parte, Luís Filipe Menezes decidiu demitir-se e ficar em Gaia à espera do dia seguinte às eleições de 2009, quando percebeu que era mais fácil deixar de ser líder do PSD do que vir a tornar-se Primeiro – ministro. Quer deixar a Santana a nobre tarefa de perder por ele em 2009. O resultado ainda não se viu, mas prevê-se. Se as estrelas voltarem a fazer das suas, pode bem provocar um pesadelo ao PSD e tornar 2009 num sonho para o PS.

Será que o PSD quer sair deste filme? Será que ainda pode ou quer?

sábado, abril 19

Estrada Romana


Gerês

2008

Andar numa estrada com cerca de 2000 anos de história (s), é sempre um acto que impõe respeito... percebemos o quão vã é a existência, mas também que tantos outros, tal como nós, acreditaram que valia a pena abrir e fazer o caminho.

sexta-feira, abril 18

De que PSD precisa Portugal?

A situação actual do PSD é critica. Todos o sabemos. Infelizmente o que mais temíamos relativamente à liderança de Luís Filipe Menezes (LFM) veio a confirmar-se. E a actual demissão, com a consequente marcação de eleições para daqui a um mês só vem confirmar o pior. LFM quer apenas as “bases” do PSD, ou seja, a parte destas que lhe permita manter o poder interno. O País deixou, definitivamente, de lhe interessar. O mais provável é que se recandidate, ou alguém por ele, o que para o caso é indiferente.

Novamente o PSD vai a eleições e com isso tem de colocar a si próprio a pergunta certa. E essa deverá ser:

A quem serve o PSD?

A questão é muito importante, pois dela podem derivar duas respostas antagónicas. O PSD com um “dono” e voltado para si próprio ou um PSD com um líder ao serviço do País.

Se seguir a primeira hipótese o PSD corre dois riscos sérios:
Descaracterizar-se e, com isso, tornar-se num partido insignificante na sociedade portuguesa. Passamos a explicar:

Ao descaracterizar-se, deixando de representar o seu eleitorado tradicional, passará só a representar uma (pequena) parte do partido original. Ficarão no activo (e mesmo como militantes) apenas os que mais nada sabem fazer e que dependem, ou dependeram sempre do Partido, para resolver a sua vida profissional e aqueles que encaram o PSD como um clube ou uma colectividade. Este últimos, por muito que aconteça, não deixarão de defender o seu partido, mesmo quando tudo começar a ruir à sua volta. Estas duas categorias de militantes são importantes, mesmo indispensáveis, para o funcionamento de qualquer partido, mas acrescentam pouco do ponto de vista eleitoral. Estes ficarão sempre - no PSD como em qualquer outro partido - mas só com eles poderá o PSD chegar ao governo do País? Pensamos que não.

Se assim continuar o PSD poderá tornar-se cada vez mais pequeno e ao reduzir a sua influência social deixará de contar como verdadeira alternativa nacional perdendo, a prazo, o estatuto de alternativa governativa.

Aliás, a estratégia seguida nos últimos anos tem provado o que atrás referimos. O seu “núcleo duro” eleitoral tem vindo a reduzir-se de eleição em eleição. Este fenómeno só não acontece nas eleições autárquicas. Mas quererá o PSD ficar reduzido “apenas” a um partido local? Pensamos que não.

Se seguir a segunda hipótese o País poderá ficar a ganhar, mesmo se o PSD perder as eleições, o eleitorado ganhará uma alternativa, que actualmente não vislumbra. Deixando alguma esperança para o futuro. No entanto, como explicámos atrás, só seguindo esta hipótese o PSD poderá vislumbrar ser governo. Seja em 2009 ou em 2013.

Por tudo isto é fundamental que todos os que pensam ser o PSD indispensável à vida politica nacional, assim como para a qualidade da democracia portuguesa se unam para derrotar quem pretende apenas preservar o “seu PSD”. O País reclama-o.

quarta-feira, abril 16

Texturas


Gerês

2008

Um novo membro na familia



Tinha-mos pensado que nunca mais. Mas a célebre frase, “nunca digas nunca”, mais uma vez voltou a impor-se. Em miúdo, pensámos, ser até veterinário, tal era o amor pelos animais. A dedicação era tal que trocava, durante as férias de verão, com uns primos alentejanos – que tinham a sorte de ter um “monte” com animais – a praia pelo campo.
Por volta dos treze anos tivemos uma gata que durou, lá por casa, pouco mais de um ano. Os pais não permitiram mais tempo. As chatices eram demais – diziam eles – e acabaram por levar a gata para uma quinta de uns amigos. A tristeza foi muita.

Talvez, desde então, não mais quisemos ter mais nenhum gato (ou cão). Mas, a família, que já tinha tentado várias vezes antes, sem termos cedido, agora conseguiu. Os pequenos têm, hoje, quase a idade que tínhamos então e não resistimos. O destino ajudou. Alguém telefonou a dizer que tínhamos um à nossa espera. Um belo gatinho surgiu, por coincidência muito parecido com o da nossa infância, ao qual não foi possível resistir…
O seu nome é Sol.








quarta-feira, abril 9

A propósito da qualidade da Paisagem


Um bom planeamento da paisagem, e também um bom desenho, tem três regras:
Proteger o que temos; seleccionar para trabalhar; inventar.
Por esta ordem de importância. Devemos proteger o que temos, depois trabalhar de forma selectiva e só depois inventar. Se começarmos por inventar perdemos, porque é muito provável que a invenção não corresponda ao que esperamos. A protecção deve estar em primeiro lugar, mas não uniforme, não está em todos os lugares
.”

Carl Steinitz * em entrevista a Cristina Castel-Branco in Arquitectura & Vida, Março de 2008.

*Arquitecto, Professor de Arquitectura Paisagística e Planeamento em Harvard.

sexta-feira, abril 4

Quem não é por nós é... contra a Escola Pública

O Secretário de Estado da Educação Valter Lemos descobriu a pólvora:

«Está em curso uma campanha contra e Escola Pública em Portugal.» disse hoje peremptório.

A técnica retórica por trás desta afirmação faz lembrar outros tempos. Não é nova e muito menos original. Diz até muito sobre quem a usa. Durante o Estado Novo, quando alguém denunciava algo que estava mal no País, logo era acusado de antipatriota ou, na melhor das hipoteses, de... Comunista.
O senhor Secretário de Estado parece querer confundir a necessária “saída do armário” da situação em que se encontra a “disciplina” nas escolas – que obviamente não é de hoje, mas que por diversas razões se encontrava fora da agenda mediática – com o “ataque” à Escola Pública.

“Olhe que não, olhe que não”.

Texturas


Gerês
Março 2008

quarta-feira, abril 2

Santiago de Compostela


Março 2008

uma cidade mágica, como dizia um colega Galego, nos idos de 1994. Jorge de seu nome, se a memória não nos atraiçoa.