domingo, junho 7

A propósito da descrença e da esperança.

Filipa Roseta escreveu este artigo, Elon Musk e Gorge Floyd, a inovação e a cor da pele, assertivo e que comento assim:

Vivemos, nas últimos décadas, uma ideologia de fim da história, e descrença na humanidade. A consciência dos recursos finitos, tornada clara com o choque petrolífero de 1973, que colocou um fim no optimismos “desenvolvimentista”, que vinha desde o fim da segunda guerra mundial e a iminência de um colapso do mundo com uma guerra atômica que ameaçava destruir toda a humanidade, nos anos 80, iniciaram um ciclo de descrença na humanidade. Esse sentimento alimenta uma certa esquerda, que desiludida com a queda do “farol” da humanidade, no colapso definitivo da URSS e com ela o falhanço do “Comunismo Real” agora só se agarra às causas da promoção de uma cultura, onde a luta pelo direito à “morte” se tornou mais importante que o direito à vida. E onde o que interessa é conservar os “direitos” muitos deles anacrônicos e desadequados à realidade atual, onde a Esperança média de vida está a caminhar para os 90 anos.

Não sendo esse mundo passível de “conservação” pela realidade da vida que continua, com muitos velhos e poucos novos em alguma zonas do planeta, este pessimismo tomou conta de muitos. Nas sociedades “ocidentais” ter filhos passou a ser um “luxo” em vez de uma Alegria. Sem Esperança, mesmo os mais moderados que não vendo soluções reais para os seu problemas reais, votam nos Bolsonaros , deste mundo, não por convicção mas fartos de quem não lhes dá nada, nem Esperança. 

O que aconteceu a Floyd nos EUA, é inadmissível, mas a cultura de ódio racial, não se consegue resolver sem esperança de que o que o homem tem de melhor pode vir ao de cima para além da cor da pele. 


Musk anda ao arrepio de toda esta descrença e, tal como outro meu herói, Leonardo da Vinci, não olha para os “cadáveres” deste mundo com medo, mas como oportunidade de salvar e melhorar a humanidade no seu mundo. Este visionário do século XXI, enquanto toda esta descrença acontece, oferece-nos novamente o caminho. Se a nossa terra já não chega vamos para Marte. Mas a epopeia continua a humanidade vai prevalecer.

 Obrigado Filipa Roseta