terça-feira, novembro 4

O Capitão América


Hoje estão a correr a eleições Americanas. A escolha do “Capitão” da maior potência do mundo é olhada com uma atenção redobrada num tempo de mudança. Mas, pensamos, estar nesta mudança, o início do fim da supremacia americana sobre o mundo.

Muitas expectativas estão colocadas nesta eleição, especialmente, pelo menos do lado europeu, na possível eleição de Barack Obama (BO). No entanto, apesar de poder criar um novo ambiente e isso não ser um factor a desprezar, acreditamos que nada mudará assim tanto. Mesmo ganhando BO. Os problemas internos dos USA são tão difíceis que boa parte da gestão vai ser corrente e muito virada para dentro. Onde os interesses especificamente norte americanos vão estar sempre em cima da mesa, com tudo o que isso pode trazer de (más) consequências ao mundo, particularmente aos mais directamente dependentes dos Estados Unidos, como é o caso da Europa.

A gestão da guerra não vai ser pacífica. Qualquer solução vai parecer sempre uma má solução, quer no Iraque quer no Afeganistão.

A atenção e a expectativa que a Europa está a colocar nesta eleição são, também elas, reveladoras das dificuldades internas que sente. Mas estão enganados aqueles que pensam que será a América a ajudar a Europa a resolver os seus problemas.

O “Capitão”, esteja mais ou menos armado, vai ter a sua atenção toda voltada para dentro o que pode não ser muito bom para quem está à espera de "milagres" universais.

Sem comentários: