Setúbal deve ser
(re) conhecida pela qualidade de vida que oferece. O potencial que todos lhe
reconhecem deve tornar-se, por isso, cada vez mais real. As praias da Arrábida são
garantidamente uma das suas joias, quer para quem aqui mora quer para quem a
visita. Nestas encontram-se as praias de
Albarquel, a Figueirinha (Bandeira Azul), Galapos e Galapinhos (eleita em 2017 como Melhor Praia
da Europa), além da praia dos Coelhos e do Portinho da Arrábida (eleita como
uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal). Apesar da notoriedade já alcançada
todos os que as amam e apreciam sabem que são ainda diamantes em bruto, e que ainda muito (infelizmente)
falta para as lapidar. E numa época em que o turismo do País cresce e, dentro
deste, a Região de Lisboa se afirma como o seu principal destino, é importante
Setúbal valorizar os seus méritos e corrigir
os aspetos menos positivos para não decepcionar a notoriedade já adquirida.
Dois desses aspetos
parecem-nos críticos para que isso possa
acontecer: a qualificação das concessões de praia, na qualidade de serviço e
nas suas instalações e a melhoria da sua
acessibilidade. Positivo é,
recentemente, a Câmara Municipal de Setúbal, ter chamado a si competências
nestas duas áreas o que à partida pode
vir a proporcionar o salto qualitativo desejado, assim se tomem as medidas
necessárias.
Começando pela
primeira, é difícil aceitar as estruturas abarracadas que, com exceção da
Figueirinha, subsistem em todas as restantes concessionárias de praia. E o pior é que, na maior parte dos casos, a
qualidade do serviço não supera a precariedade das instalações, desqualificando
o lugar que têm o privilégio de ocupar. Esta situação tem de ser corrigida em
diálogo com os empresários, criando a cooperação necessária à melhoria destes
aspetos, tão negativos para a imagem das praias.
No que diz
respeito aos acessos, o problema é como tornar uma zona limitada, física e
ambientalmente, acessível ao maior número em condições de segurança,
particularmente entre a Figueirinha e o Portinho. O automóvel gera um
estacionamento desordenado e abusivo, por isso a sua gestão e condicionamento
têm de acontecer. Deixar de existir é um erro mas regrado e condicionado de
forma clara (só de um lado da estrada, por exemplo) é imprescindível. Conjuntamente,
o transporte público, seja de autocarro ou mesmo de barco, tem de aumentar, onde
a Câmara poderá ajudar tornando os preços mais atrativos. Também a
acessibilidade pedonal e ciclável da via EN 379-1, deverá ser melhorada .
Afinal a distância não é assim tão grande.
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