Muitos gostariam de ter razão. De estar certos nas soluções que apresentam. Nem que seja necessário continuar a iludir. Mas os imponderáveis ainda são grandes. Os reajustes ainda só estão no inicio. Há que aguardar. Sem precipitações. Fazendo o estritamente necessário. Preservar o possível.
Fazendo o paralelo com um acidente de automóvel, a maioria das pessoas, incluindo os líderes mundiais, ainda estão na fase antes de o carro bater, onde a sensação da vertigem antes do choque inevitável se mistura com a vã esperança de que nada daquilo esteja de facto a acontecer. Travar é a reacção natural. Nada mais parece ser sensato fazer. Depois da colisão há que verificar os estragos e perceber o que é necessário fazer, mas esse é já um bom sinal. Por muito mal que esteja a viatura, pelo menos estamos vivos. A sensação ainda é estranha mas só a partir daqui poderemos começar a fazer uma avaliação realista. Nesta crise económica ainda estamos na fase de travar, apesar de existirem alguns que propõem continuar a acelerar. O choque ainda não se deu. Vamos por isso aguardar, preparando os airbags e acreditando que tudo vai correr pelo melhor. Acelerar no momento da colisão não nos parece ser muito prudente. Os danos podem ser maiores.
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