Foto Jornal Público
Procissão de Nossa Senhora da Conceição
Bela Vista em Setúbal
É necessário ter muita Fé, não só em Deus (que é um privilégio de alguns), mas, fundamentalmente, nos homens para mudar as coisas. O pior é acreditar que os dados já estão definitivamente lançados e que nada se pode fazer. Bem-haja os que ontem tiveram a coragem de continuar a acreditar, em Setúbal, particularmente, na Bela Vista.
Também somos daqueles que recusamos a resignação. É preciso dar futuro a estes jovens, que consideram ser indiferente viver ou morrer e para isso é necessário acreditar que tudo pode mudar basta ter a disponibilidade de acreditar. Não é fácil mas é possível. Vamos tentar.
2 comentários:
Há já algumas décadas que eu não tenho fé nos homens e quantos mais anos passam cada vez tenho menos. Não acredito em ideologias e muito menos em promessas de políticos. Vejo Portugal a desmoronar-se e não gosto do futuro. Vejo-o e ser governado e dominado intelectualmente por gente que nunca gostou dele.
Sou um pessimista por natureza e, lamentavelmente o digo, cada vez mais. Constacto a realidade e vou admirando aqueles que honestamente que ainda têm ilusões. Aos outros só me apaz o desprezo.
Resta-me Deus e a questão da existência. E isso já me ocupa neste momento muito espaço.
Abraço
Rui Silva
Percebo o cepticismo. Considero-o um bom ponto de partida para a análise. Admiro mesmo muitos cépticos. Num certo sentido é preferível ao voluntarismo irresponsável ou encapotado de boas intenções. É quase sempre mais honesto.
No entanto, sendo excessivo, pode tornar-se uma desculpa, para não nos envolvermos, para não tentarmos, para não nos mexermos.
Ter Fé em Deus é uma bênção, pela qual nem todos são tocados. Ter fé nos homens, penso, é uma opção. Cada um escolhe o seu lado por diversas razões. Muitas vezes em função das suas expectativas e da sua concretização das mesmas. Como nunca tive muitas, fico sempre surpreendido com o que de bom acontece. Aceito a nossa humanidade cheia de defeitos e de algumas virtudes. Talvez ingenuamente continuo a acreditar que podemos contribuir para tornar as coisas melhores. Não perfeitas, mas melhores. Sempre tendo a noção que nesta apreciação de “coisas melhores” a subjectividade está sempre presente e por isso, não inclui todos por mais universal que as “coisa” sejam. Temos que viver com estas limitações. Sem ilusões.
Apesar de tudo, caro Rui, se te “resta Deus e a existência” já terás bastante com que entreter.
Um abraço amigo
Paulo Pisco
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