Começamos por
esclarecer que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) é um imposto que incide
sobre o valor patrimonial imobiliário e este reverte integralmente para os
respetivos municípios. Este imposto é gerido pela Câmara Municipal e é esta que
decide sobre o valor da taxa que deve aplicar sobre os seus munícipes. Em
Setúbal, desde que este imposto foi criado, temos pago a taxa máxima, o que não
só é injusto como completamente desadequado para o bom desenvolvimento do
concelho.
Por isso, está a
decorrer uma petição (abaixo assinado) que pretende baixar o valor da taxa de
IMI em Setúbal de 0,45 (taxa máxima) para 0,40 e instituir o IMI familiar, que reduz
progressivamente a taxa para as famílias com filhos a cargo (http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT84199).
Apoiamos esta
petição porque nos parece ser indispensável para Setúbal mudar o seu rumo para
um concelho com mais justiça social, melhor competitividade territorial e maior
liberdade da sociedade civil.
Mais justiça social, pois é injusto que num
concelho com as características socioeconómicas de Setúbal a sua população esteja
a pagar a taxa máxima do IMI, quando a qualidade de serviços prestados pelas
autarquias está longe da excelência. Agrava-se ainda mais a injustiça porque as
famílias não beneficiam do IMI familiar que lhes podia aliviar a carga fiscal,
quando a Câmara o pode fazer;
Melhor competitividade territorial, pois alguns
dos concelhos envolventes já o fazem, perdendo Setúbal a favor destes em
atractividade económica. Por outro lado,
o investimento imobiliário com vista à obtenção de rendimento (ex. através de
casas para arrendar) é particularmente sensível a esta realidade, preferindo
concelhos com taxas de IMI mais baixas;
Maior liberdade da sociedade civil, pois uma
Câmara Municipal que cobra taxas máximas transmite a ideia que retira recursos
aos cidadãos e às empresas para dar a si própria mais recursos para gerir. Mas,
no caso de Setúbal, aumentando permanentemente a dívida municipal, em vez de a
diminuir, afasta o investimento privado em vez de o atrair. E se a dívida
acumulada não é para atrair investimento privado, só serve para criar mais
pobreza e maior dependência relativamente
à Câmara Municipal, pois o concelho fica cada vez mais sujeito a quem consome excessivamente
os seus recursos.
Para os que
acreditam que o futuro de Setúbal estará em maior justiça social, melhor competitividade
territorial e mais liberdade da sociedade civil, deverá apoiar uma taxa de IMI
corrigida para valores mais favoráveis aos cidadãos, suas famílias, empresas e
instituições. Quem não estiver de acordo basta deixar-se ficar como está.