sexta-feira, dezembro 4

O país está a mudar mais do que pensamos




Hoje no Público

«Entre 5 e 15 de Novembro, 35 por cento da electricidade consumida em Portugal teve origem no vento. Nesse mesmo período, a energia eólica foi a principal fonte da electricidade consumida a nível nacional, ultrapassando as centrais térmicas. (…)
Um estudo realizado pela Deloitte, ontem apresentado numa conferência organizada pela consultora e pela APREN sobre o impacto económico das energias renováveis em Portugal, salienta que a manter-se o que está previsto na estratégia nacional para esta indústria, a produção esperada (34 terawatts/hora) irá corresponder a 50 por cento do consumo eléctrico nacional dentro de apenas seis anos, em 2015. Para já, em 2008 esse peso foi de 38 por cento, indica também o documento.
(…) o valor previsto a nível de poupanças acumuladas devido às renováveis entre 2005 e 2015, de 15.300 milhões de euros, "daria para duas terceiras travessias sobre o Tejo, dois novos aeroportos mais duas linhas de alta velocidade até Badajoz".
Só em 2008, o país terá poupado 1465 milhões de euros, incluindo ainda as emissões de CO2. Os empregos directos e indirectos chegaram aos 36.100 postos de trabalho.»





O investimento na alteração das fontes energéticas e nos hábitos de consumo (e.g. nas habitações e nos automóveis) são conjuntamente com o investimento na I&D dois dos melhores investimentos que o país está a fazer nos últimos anos. A nossa dependência energética (um dos grandes responsáveis pelo défice externo) e o reforço da capacidade inovadora são mudanças estruturais que interessa inverter e isso está a acontecer, mais depressa que julgamos.
Não se sente da mesma maneira em todos os sectores, mas existirá um efeito de contaminação positivo. Durante alguns anos vamos assistir a “mundos” em queda e “mundos” em ascensão e isso vai ser chocante, mas as mudanças de modelo económico/social e cultural que vivemos assim o exigem.
A escolha individual e colectiva vai ser a qual dos mundos se quer pertencer.

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