quinta-feira, maio 3

Carmona Rodrigues

Quem espera novidades por parte dos “independentes” pode ver neste caso que tipo de “novidades” podem trazer os que não têm filiação partidária. Com este comentário não pretendemos insinuar que os independentes são “piores”. Apenas que não são melhores. São pessoas dadas às suas "circunstâncias". Uns melhores outros piores.

Carmona tem, obviamente, toda a legitimidade para fazer o que fez: Recusar-se a abandonar o lugar de Presidente de Câmara. Mas o que Carmona não compreende é que acima do seu juízo particular está aquilo que é o interesse público. Neste caso o povo de Lisboa. E Carmona Rodrigues já não tem condições políticas para prosseguir o seu mandato com o minímo de sucesso. E nestes casos só devolver a voz aos eleitores é uma solução saudável.

Esperemos que os restantes vereadores façam o que o presidente não teve coragem ou discernimento para fazer.

6 comentários:

Anónimo disse...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!

Se esta decisão em Lisboa tivesse sido tomada pelo comité central do PCP não faltaria.
Como foi Marques Mendes e o PSD, falamos de uma interpretação profunda do interesse público e do povo de Lisboa.

paulo pisco disse...

Pensamos que as diferenças são óbvias entre o caso de Lisboa e o de Setúbal.
Em Setúbal Carlos de Sousa foi “despedido” e manteve-se a Câmara. Em Lisboa Carmona foi constituído “arguido” num caso que e arrasta à muito tempo já afectando outros dois vereadores e a Câmara cai, levando a novas eleições.
Gostaríamos nós que em Setúbal se tivesse, então, dado a vós aos setubalenses.

Anónimo disse...

Concordo que as diferenças são óbvias, mas o facto de alguém ser constituído arguido não significa que seja culpado do que quer que seja.
E se Carmona Rodrigues (a quem assiste a presunção da inocência) não for condenado?

paulo pisco disse...

Esse aspecto é claro. Carmona não é culpado até prova em contrário, assim como todos os outros arguidos. No entanto, a questão é de avaliação política. Tem de ser analizada caso a caso. E neste caso este problema estava a tornar a vida da CML bastante difícil, ou mesmo impossível. Não lhe parece?

No entanto, reconhecemos que a questão de ser "arguido" como medida política pode ser controversa. Mas o que fazer face à "corrupção" no exercicio de cargos políticos? É complicado...

O que nos pareceu importante foi manter a coerência face ao mesmo tipo de casos. Ou seja, Marques Mendes, não fez a defesa dos "amigos" como era habitual e tão criticado por toda a comunidade. E isso é novo. Mas a avaliação terá de ser sempre política. Sublinho.

Anónimo disse...

A democracia no seu melhor! Desculpa-me Paulo, mas há momentos em que fico revoltado.
É o caso Felgueiras, Gondomar, Isaltino, Lisboa, Setúbal...as habilitações de Sócrates, as arrogâncias e dislates dos Ministros deste governo, um PSD sem ninguém porque "não há tacho à vista"! O governo dito de esquerda, mas que...meu Deus governa à direita e, pior de tudo, faz exactamente ou pior tudo aquilo que os PSs gondenáram ao anterior governo.
Mas ainda há gente para votar e dar emprego a esta gente?

Bem...já desabafei...
Cumprimentos Paulo!

Anónimo disse...

queria dizer: "...faz aquilo, ou pior, do que os PSs conderaram ao anterior governo..."