Algo de estranho se passa. Apesar do salutar debate em torno do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), pretende-se criar um clima de ficção. Do ponto de vista técnico as entidades envolvidas aparecem, nomeadamente o LNEC, desenvolvendo aquilo que é suposto: desenvolver um estudo comparativo entre as duas soluções em “cima da mesa”, Campo de Tiro de Alcochete (CTA) e a Ota. No entanto, a decisão já está tomada. Mas apesar disto, estivemos, ontem num seminário no LNEC, promovido pelos ministérios, do ambiente e obras públicas, onde se deu início à discussão pública do NAL.
Hoje está a correr um seminário (onde também estaremos), novamente no LNEC, mas desta vez promovida pela Ordem dos Engenheiros, onde a “nova travessia do Tejo” está a ser discutida. O ministro da obras públicas, Mário Lino, também participa, mas o decisão do governo está já tomada em Conselho de Ministros. A ponte será, segundo o Governo, Chelas-Barreiro e em modo rodo-ferroviário.
Perante este cenário a “esquizofrenia” está iminente. De duas uma:
Todos discutem, o já decido, como se não o estivesse, esperando chegar à melhor decisão?
Ou fazem todos parte de uma grande encenação onde estando tudo decidido, faz-se de conta que não, para dar um ar mais participado à coisa?
Estranha situação, esta. Propomos duas possiveis interpretações:
Estaremos todos doidos?
Ou a ficção tomou, definitivamente, conta da Nação?
Aceitam-se esclarecimentos.
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