O primeiro-ministro José Sócrates (JS) vai ter, a partir de agora, a sua prova de fogo. Verdadeiramente desde que foi eleito ainda não passou ainda por nenhuma dificuldade politica séria, tirando talvez, o “caso licenciatura”. Chegou ao poder e à maioria absoluta, ao colo da nação por esta estar cansada do desvario da governação anterior. Desde então faz uma governação à sua medida, podendo tomar as medidas que acha por bem tomar e governando mais pela palavra e pela imagem do que pela qualidade da acção. Mas a facilidade parece estar a acabar. Do ponto de vista político JS tem tido alguma habilidade para manter um certo conforto ao nível da opinião pública, mas a maré parece estar a mudar. Senão vejamos:
O “comício da esquerdas” realizado ontem, onde a presença de Manuel Alegre, junto com Louçã e companhia, vem causar um grande mau estar ao PS. JS que tem governado apoiado num eleitorado central tem hostilizado “alguma esquerda” que tem sentido um grande desconforto e está disponível para afrontar este PS.
Sábado passado foi eleita Manuela Ferreira Leite para a liderança do PSD e pelas características da personagem a bagunça que tem reinado no maior partido da oposição está prestes a acabar. O que torna o passeio de JS mais difícil.
E por último, mas não menos importante, a crise económica com a escalada dos preços que provoca a aceleração da reestruturação de muitos sectores que por força de já estarem muito fragilizados não vão conseguir sobreviver. Tudo isto vai, como sempre afectar os mais desprotegidos, os mais frágeis.
JS escolheu um caminho que se pode agora manifestar-se muito apertado, podendo ficar sujeito ao “efeito tenaz”, entalado entre a esquerda e a direita politica:
O centro-direita tendo alguém que o represente vai começar a ser mais critica da sua governação. O apoio inicial por parte deste eleitorado pode estar a acabar.
A esquerda muito zangada com JS não lhe vai perdoar o caminho escolhido, mesmo a do PS a chamada ala “Alegrista”. Vai querer medir forças.
Por outro lado, a crise económica vem tornar ineficaz qualquer discurso sobre o assunto. Tendo JS apostado muito nos resultados económicos, com o controlo do défice à cabeça, todo o seu discurso político parece estar comprometido.
A partir de agora vamos poder perceber se o primeiro-ministro tem ou não capacidade de enfrentar reais dificuldades políticas. O tempo da luta contra as classes profissionais parece estar definitivamente esgotado, assim como o discurso sobre o descrédito da governação passada. A vitória sobre o défice (ainda que periclitante) não parece poder, por si, criar uma base de apoio ao governo e muito menos encher a barriga a alguém.
Que irá fazer JS para fugir à tenaz?
O “comício da esquerdas” realizado ontem, onde a presença de Manuel Alegre, junto com Louçã e companhia, vem causar um grande mau estar ao PS. JS que tem governado apoiado num eleitorado central tem hostilizado “alguma esquerda” que tem sentido um grande desconforto e está disponível para afrontar este PS.
Sábado passado foi eleita Manuela Ferreira Leite para a liderança do PSD e pelas características da personagem a bagunça que tem reinado no maior partido da oposição está prestes a acabar. O que torna o passeio de JS mais difícil.
E por último, mas não menos importante, a crise económica com a escalada dos preços que provoca a aceleração da reestruturação de muitos sectores que por força de já estarem muito fragilizados não vão conseguir sobreviver. Tudo isto vai, como sempre afectar os mais desprotegidos, os mais frágeis.
JS escolheu um caminho que se pode agora manifestar-se muito apertado, podendo ficar sujeito ao “efeito tenaz”, entalado entre a esquerda e a direita politica:
O centro-direita tendo alguém que o represente vai começar a ser mais critica da sua governação. O apoio inicial por parte deste eleitorado pode estar a acabar.
A esquerda muito zangada com JS não lhe vai perdoar o caminho escolhido, mesmo a do PS a chamada ala “Alegrista”. Vai querer medir forças.
Por outro lado, a crise económica vem tornar ineficaz qualquer discurso sobre o assunto. Tendo JS apostado muito nos resultados económicos, com o controlo do défice à cabeça, todo o seu discurso político parece estar comprometido.
A partir de agora vamos poder perceber se o primeiro-ministro tem ou não capacidade de enfrentar reais dificuldades políticas. O tempo da luta contra as classes profissionais parece estar definitivamente esgotado, assim como o discurso sobre o descrédito da governação passada. A vitória sobre o défice (ainda que periclitante) não parece poder, por si, criar uma base de apoio ao governo e muito menos encher a barriga a alguém.
Que irá fazer JS para fugir à tenaz?
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