Este segundo filme de Hans Weingartner tem final feliz. Se ainda se acreditar que a felicidade pode ser construída com base em equívocos. Os jovens protagonistas deste filme continuam a acreditar que ao atacar a riqueza e os “ricos” podem contribuir para a diminuição do número pobres.
Este é um equívoco da análise Marxista sobre a realidade que ainda hoje determina muitas das concepções sobre a política e a economia. Como podemos comprovar à saciedade nos países do “leste” europeu, acabar com os ricos só ajudou a criar ainda mais pobres. Todos iguais mas, indiscutivelmente, mais pobres. Ficando apenas a “nomenclatura” partidária com o ónus da desigualdade. Mas esta realidade já todos conhecemos.
Os EduKadores ainda pensam que podem mudar o mundo desta maneira e resolvem “assustar”os ricos alemães mudando-lhes a mobília da casa e deixando frases enigmáticas apelando à sua má consciência “pequeno burguesa”. De uma destas aventuras resulta a necessidade de raptarem o proprietário da casa, um ex-revolucionário de 68 que resolveu fazer pela vida.
No confronto entre as duas gerações o filme trata o tema sem falsos moralismos e sem excessos. Neste aspecto não temos o típico filme “panfletário”. Mas quem tem hoje coragem de o fazer? Nem os nostálgicos da ilusão marxista. Hoje o tema tem de ser tratado com recurso a tons mais suaves, para não assustar. Egoísta versus Altruísta e rico/velho/conservador e cínico versus despojado/jovem/revolucionário e sincero. Coisa quase sem significado hoje em dia. Como refere um dos jovens ao reconhecer a dificuldade de ser revolucionário quando todos os hérois da revolução já estão acessíveis numa qualquer camisola.
Quando é que vamos perceber que a discussão do futuro já não se pode resumir ao problema da riqueza versus pobreza, mas de melhor distribuição e preservação de recursos?
(Rico, num futuro bem mais próximo que possamos imaginar, será aquele que poder beber água de qualidade ou respirar ar não poluído.)
No entanto, o filme não deixa de proporcionar estas e outras reflexões que podem sempre ser positivas e trazer à lembrança para quem andar distraído que atrás de um idealista pode estar escondido um inimigo da liberdade.
A ver, numa destas tardes de chuva…
No entanto, o filme não deixa de proporcionar estas e outras reflexões que podem sempre ser positivas e trazer à lembrança para quem andar distraído que atrás de um idealista pode estar escondido um inimigo da liberdade.
A ver, numa destas tardes de chuva…
Sem comentários:
Enviar um comentário