quinta-feira, dezembro 20

segunda-feira, dezembro 17

Sobre política


Um dia destes passou por Setúbal Rui Gomes da Silva (RGS), actual vice-presidente de Luís Filipe Menezes (LFM). Perante a Assembleia Distrital do PSD cá do sítio proferiu uma série de intenções politicas da actual direcção nacional:

Uma das que referiu, a alteração à actual Lei Eleitoral para Assembleia da República, supostamente a negociar-se com o Partido Socialista. Sobre esta disse estar-se a encontrar novos círculos, que talvez não cheguem bem a ser uninominais, mas que assentavam na sub divisão dos actuais distritos.
A outra foi sobre o “Partido Empresa”, dizendo que os novos profissionais seriam só para assessorar directamente o Presidente do Partido, sendo um corpo muito “reduzido”.

Quando podemos intervir dissemos ter algumas dúvidas, nós e todos os outros que acompanham a acção politica da actual direcção, em perceber o que é estratégico e o que é táctico na condução de alguns dossiers. Mas que começa a parecer ser a táctica o que prevalece. Para ilustrar esta nossa “sensação” falámos desses dois aspectos:

Sobre a “nova lei” parecia-nos, no mínimo “estranho” que, sendo LFM um defensor confesso da regionalização e estando o actual Governo a reorganizar a Administração Pública toda em função de cinco regiões (basta ler o PRACE), que se propusesse a divisão territorial com base nos actuais distritos, há tanto tempo em vias de extinção. Era natural prever a nova territorialização da lei eleitoral para as legislativas em função do “desenho” das cinco regiões que se configuram ser a base para uma futura regionalização, seja ela politica ou meramente administrativa. Isto se o assunto é para levar a sério…

Relativamente ao “Partido Empresa” era bom perceber quem iria pagar a despesa. Apesar de ser favorável à profissionalização de algumas áreas do desenvolvimento da acção politica, dentro de um Partido à que ter algumas cautelas. Porque, como todos sabemos, o mais fácil é criar “empregos”. Pagá-los ou extingui-los é bem mais complicado. Era importante saber, ao mesmo tempo que se pensa a sua necessidade, quem, como e porquê irá pagar esses novos encargos. Isto tudo num Partido que não tem dinheiro para manter a maioria das Sedes Locais.

A nada disto respondeu RGS. Disse apenas saber que LFM era um homem muito bem preparado e com ideias para o País. Uma espécie de homem providencial.

Da “nova lei eleitoral” para as Legislativas soubemos pelo “Público”, há uns dias, que o PSD “resolveu deixar amadurecer o assunto” o que nos pareceu da mais elementar sensatez.
Sobre o “Partido Empresa” pouco mais se sabe, o que pode fazer antever as piores expectativas…

Quanto à fé em LFM, que RGS recomendou, é para nós relativo a Deus. A César exigimos saber o que o move e como se move, o que pensa ser estratégico e como o conduz no plano táctico.

A Política, apesar de actualmente não parecer, é assunto racional e sempre escrutinada criticamente. Pensar diferente é morrer politicamente a prazo. Basta olhar para o PCP para perceber que a fé na política morre, mesmo que demasiado lentamente.

Sesimbra II

Paulo Pisco 2007

quarta-feira, dezembro 12

Voltar ao comboio


Voltámos a ir para Lisboa em transporte público (tp). Ao ir para a faculdade começámos a usar o autocarro, a partir do quinto ano da licenciatura, nos ido de 1994, passámos para o transporte individual. O carro, essa nova armadura que cada vez mais tendemos a usar e abusar. Felizmente, de então para cá, só nos deslocámos a Lisboa em situações especiais. Normalmente em lazer e nessas circunstâncias fugimos sempre ao “apelo” do tp por comodidade e até por economia. Passámos a ser quatro.

Nos últimos meses e fruto do regresso à universidade, voltámos a confrontarmo-nos com a inevitável opção. Ir ou não de carro. Confessamos, que apesar da má consciência, ainda fomos na dita viatura durante os primeiros tempos. Até que experimentámos o comboio. O saudoso. Confessamos que somos fãs. Mas ao voltar a usar fomos ainda mais surpreendidos. É mesmo muito agradável. E ainda por cima temos o bónus de poder ir a pé por uma das mais belas zonas da cidade de Lisboa: a Avenida de Roma na direcção da Praça de Londres. Beber o café na “Mexicana” e depois subir para o “Técnico” (IST), é sem dúvida um grande privilégio. Pelo menos para um apaixonado pelas cidades, como este que vos escreve.

A opção comboio é muito racional, para além de ser agradável e mais amiga do ambiente. Apesar de genericamente se gastar um pouco mais de tempo (+/- 1 hora viagem de Setúbal a Lisboa)) nas deslocações esse facto pode ser compensado com o aproveitamento da viagem, quer para adiantar algum trabalho – e.g. lendo ou telefonando – quer para falar com alguém que não se vê há muito tempo, ou simplesmente para dormitar ou usufruir as paisagens. Do ponto de vista económico o bilhete (carteira de dez pré-comprados) mesmo para quem não compra o passe, por ir apenas alguns dias, é muito compensador. Fica um pouco mais que as portagens, isto para quem vai de Setúbal. Tudo somado vale muito a pena. Para quem se desloca par um ponto próximo da estação, como é o caso, vale muito a pena. Poupa-se o combustível, o estacionamento e ganha-se qualidade de vida. Para nós e para os outros.

Foi uma das descobertas felizes deste Outono.
Experimente, tenha essa coragem. Seja racional.

terça-feira, dezembro 11

Manoel de Oliveira




Os nossos parabéns a uma das mais singulares personalidades da cultura portuguesa. Manuel de oliveira completa hoje 99 anos. É das criaturas, no sentido Bíblico, mais criativas que temos por cá. De uma lucidez quase ofuscante. Deu ao Expresso, deste fim-de-semana, uma entrevista que merece ser lida por todos aqueles que acreditam na criação. No seu sentido mais profundo. Naquilo que de único cada ser humano possui.

«Há um poeta, o Teixeira de Pascoaes, que disse esta coisa terrível, e ao mesmo tempo compreensível: o espírito é como o ar que respiramos. O espírito é uno e universal e cada um respira o espírito que faz a sua personalidade

A nossa singela homenagem ao génio, que não tem qualquer vontade de se reformar. Um verdadeiro hino à vida.

Sesimbra


Dezembro 2007

Paulo Pisco

quinta-feira, dezembro 6

A Pobreza, África e a Agricultura

Sebastião Salgado

Hoje em entrevista ao Público a coordenadora executiva da Campanha para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, Eveline Herfkens refere que:

“Onde há guerra e conflitos, não há progressos. Não se pode ter desenvolvimento sem paz. As regiões sem paz não estão a progredir de todo; ao contrário, estão a regredir.”

“Mas, enquanto os países ricos não garantirem o acesso de produtores pobres aos seus mercados, os países pobres não conseguirão sair da pobreza. Não conseguiremos atingir o objectivo de erradicar a pobreza para metade se não permitirmos que os pobres, dois terços dos quais vivem em zonas rurais, possam ganhar a vida.”


O primeiro aspecto diz respeito ao próprios, ou seja, enquanto oligarquias étnicas governarem os seus países como se fossem cotadas particulares, todo ao povo irá sofrer. Pouco ou nada pode fazer a comunidade internacional.

Relativamente ao segundo aspecto, estamos perante um dos maiores desafios ás democracias ocidentais, nomeadamente à Comunidade Europeia: Ou mantemos o proteccionismo à nossa agricultura e mantendo os nossos agricultores a viver “artificialmente”, prejudicando os países mais pobres, ou abrimos os mercados, colocando os agricultores europeus numa situação mais difícil, mas dando efectivas possibilidades de melhoria das condições de vida dos africanos. Esta questão está longe de ser simples. Remete, não só para o futuro dos agricultores europeus, mas para todos os seus efeitos colaterais, dos quais se destaca as questões ambientais e do ordenamento do território. Para além das culturais, obviamente. No seu sentido mais amplo. Reduzir a agricultura é uma mudança radical no contexto da história europeia.

Esta matéria é das mais complexas de resolver. Aqui não é só o branco e o preto, existem muitos tons de cinzentos possíveis.

sábado, dezembro 1

A reforma da educação na Florida (EUA) I

Nesta ultima 4ºFeira, dia 28 de Novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian podemos ter o prazer de assistir à exposição de Patrícia Levesque (PL) sobre a “Reforma da Educação na Florida” (REF). O Seminário foi promovido pelo Fórum para a Liberdade de Educação (http://www.liberdade-educacao.org/) que tem trazido para o debate nacional a necessidade introduzir maior liberdade de escolha para as famílias. Acreditando que esta trará benefícios, não só para as famílias como para a educação no seu conjunto.

Patricia é a “Executive Director of the Foundation for Florida Future”, uma organização de politicas publicas que tem sido a principal impulsionadora da REF. A sua deslocação a Portugal para este evento já vem no seguimento de uma visita de Jef Bush, o Governador da Florida, (sim o irmão de George W. B.) que se tinha deslocado à uns meses para uma sessão também na FCG.A sua exposição e proporcionou-nos um estimulante debate, onde participaram o Professor Marçal Grilo e o Professor Júlio Pedrosa como “pontas de lança” para a discussão. Tivemos o privilégio de ter sido convidados pelo Dr. Fernando Adão da Fonseca para participar no dia seguinte num workshop de perguntas e respostas com um número restrito de participantes com PL, tendo a oportunidade de aprofundar as matérias em questão o que foi extremamente gratificante e permitiu um aprofundamento das opções técnicas envolvidas em todo o processo da REF.

Termos tido a possibilidade de assistir a esta explicação permitiu-nos consolidar a ideia de que muito do que por cá se tem discutido acerca da liberdade de escolha, cheque ensino e escolas privadas versus publicas, é superficial, assente em preconceitos e com pouca consistência. Quer da parte de quem defende quer de quem as ataca. Com honrosas excepções: Como por exemplo o Prof. Marçal Grilo, que nesta sessão se atreveu a classificar algumas dessas propostas de «tontas».

A reforma educativa na Florida, com uma prática de 10 anos de implementação, já permite ver alguns resultados. E são bons. A todos os níveis: No número de diplomados na taxa de abandono e aproveitamento escolar e na melhoria dos resultados comparativos entre os exames dos diversos estados dos EUA. Passando de inferiores à média nacional para significativamente superiores, em inglês e matemática. Esta reforma baseou-se num conjunto de princípios simples e numa efectiva operacionalização e monitorização de todo um sistema de controle.
O que a Reforma propôs foi:
Padrões
Accountability pública
Prémios e Consequências
Escolha.
Detalharemos cada um destes aspectos num futuro post.

quinta-feira, novembro 22

Uma boa proposta, se for para concretizar

Hoje voltamos a ouvir o que já tínhamos ouvido de Luís Filipe Menezes (LFM) antes de se ter tornado líder do PSD: Pedir a reforma eleitoral, quer relativamente às Autarquias Locais, quer às Legislativas. A primeira, no sentido da “Parlamentarização” das Câmaras Municipais, com o reforço dos poderes das Assembleia Municipais e com a eleição directa do Presidente de Câmara, escolhendo este os seus “vereadores”, podendo até substitui-los a meio do mandato. A segunda no sentido da aproximação dos eleitos dos eleitores criando os círculos uninominais, mantendo um circulo nacional.

No nosso entender estas reformas do sistema político são necessárias há muito tempo e há muito que se discutem sem nunca se chegarem a concretizar. Não sabemos se é para levar a sério, mas gostaríamos que fosse. Esta reforma politica juntamente com a reorganização administrativa das estrutura intermédia do Estado, vulgo regionalização, poderia racionalizar o nosso sistema político-administrativo. Essa racionalização, por trazer transformações ao nível da territorialização das regiões daria um novo fôlego à nossa administração e mesmo ao nosso sistema político/partidário, acabando com “velhas tradições” ao reorganizar os actores, rompia o “statu quo” e possivelmente libertava novas energias. Temos a convicção que estas mudanças ajudariam muito a transformar a qualidade da nossa democracia. Esperemos que LFM esteja realmente convicto destas propostas e que o PS o acompanhe, pois só serão realizáveis com amplo acordo parlamentar.

domingo, novembro 18

Divulgação

19 de Novembro

9h30 Abertura
Ministra da Educação
Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian
10h00/10h45 Conferência
Sucesso só vem antes
do trabalho no dicionário
Alexandre Castro Caldas
10h45 INTERVALO
11h00/13h00 Presidente: Alexandre Castro Caldas
Relações entre Neuro-Ciências
e Educação
Isabel Hub Faria / Sarah Blakemore
13h00 PAUSA PARA ALMOÇO
14h30/17h00 Presidente: Manuel Carmelo Rosa
Sucesso ou Insucesso
Escolar
Luis César Queiroz Ribeiro / Madalena Matos /
José Verdasca
17h00 INTERVALO
17h15 Mesa Redonda
Moderador: António José Teixeira
Nuno Crato / Maria José Nogueira Pinto /
José Ferreira Gomes

20 de Novembro


9h30/13h00 Presidente: Jaime Reis
Economia da Educação
e Formação de Capital
Humano
Anna Vignolles / Pedro Teixeira /
António Candeias
13h00 PAUSA PARA ALMOÇO
14h30/17h00 Presidente: Eduardo Marçal Grilo
Sociedade Civil e Formação
de Capital Social
Michael Woolcock / Victor Pérez Díaz /
João Freire
17h00 INTERVALO
17h15 Conferência
Educação e Capital Social
John Field
18h00 Sessão de Encerramento
Eduardo Marçal Grilo / Manuel Villaverde
Cabral / António José Teixeira

segunda-feira, novembro 12

Da ciência


"Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cómodas, porquanto ambas nos dispensam de reflectir. "


Henri Poincaré, (1854-1912)

sábado, novembro 10

Georges Dussaud outra vez

Praça da Batalha
Porto 2007

Hoje no Público:

"Não me interessa o Porto turístico. Esse está já identificado e documentado que chegue, e o meu papel de fotógrafo não passa por aí. A mim interessa-me captar os instantes de luz, e a realidade física ou humana que ela ilumina ou obscurece. Interessa-me procurar a poesia que pode estar escondida na cidade - e essa não está no circuito turístico", justifica Dussaud.

Concordamos e subscrevemos este ponto de vista. Isto é também o que nos interessa mais numa cidade, quando a visitamos.

Miragaia
Porto 2007

Saudades do frio

Não nos podemos queixar pois temos tido o tempo ideal mas que já vamos sentido falta de um friozinho, isso vamos...

terça-feira, novembro 6

Regresso ao passado

Já era previsível mas nunca pensámos possível que fosse apenas isto. Mas foi. O “duelo” não foi ao sol, apesar do tempo que temos lá fora.

segunda-feira, novembro 5

Sebastião Salgado


Floresta de Hagenia hypericum

(Sebastião Salgado © Amazonas Images)

Homenagem a este grande fotógrafo brasileiro que lançou, recentemente entre nós, África, o seu novo livro de fotografias.






Criança himba. Kaokoland, Namíbia, 2005

(Sebastião Salgado © Amazonas Images)

domingo, outubro 28

«Vale a pena mandar os filhos à escola?»



Foi a pergunta realizada esta semana num artigo do Público (23.10.07), por Maria Filomena Mónica (MFM). O argumento central era o de que «os pais só mandam os filhos à escola quando nisso vêem um benefício». O que parece ser relativamente obvio, acreditando numa certa dose de racionalidade nas opções que os pais, que na sua grande maioria desejam o melhor para os seus filhos, fazem e fizeram ao longo dos tempos.

Esta pergunta provocatória faz repensar sobre a natureza do “problema” em análise e na sua formulação. A educação é um bem em si? Ou é um instrumento para se conseguir uma vida melhor, para os próprios e para a sociedade? Tradicionalmente os portugueses foram pouco crédulos nas virtudes do ensino, pelo menos do ponto de vista prático, governantes e governados pouco fizeram para mudar a situação. A vontade de alargar o ensino a todos viu em dois momentos históricos um impulso: Na primeira republica, tendo ficado mais pela palavra do que pela efectivação no terreno - para aprender é necessário escolas e professores e eles eram praticamente inexistentes fora dos grandes centros urbanos do inicio do século XX – e com a reforma de Veiga Simão já no entrar da década de 70 que veio a continuar o seu impulso depois de 1974 com o regime democrático. A primeira foi travada pelo Estado Novo a segunda ainda está em curso, mas com problemas estruturais para se efectivar. O 9ºAno – obrigatório desde 1986 – está praticamente adquirido, apesar do Abandono escolar ainda existente. Mas a realidade do País já não é rural, os filhos já não são necessários para ajudar nos trabalhos do campo…e assim é preferível ficarem na escola até… poderem trabalhar. A escola como “depósito” mais do que como investimento num futuro melhor continua a ser uma realidade. Porquê? Segundo MFM a “racionalidade dos pais” continua a fazer sentido. «Um momento houve, em 1974, em que tudo pareceu possível. Mas a esperança de que Portugal se pudesse tornar numa sociedade meritocrática está em vias de desaparecer. A maioria dos pais considera, mais uma vez, que não é através da escola que se sobe na vida, mas através de "cunhas"» Esta é uma realidade de que pouco se fala, mas continua a ser um dos travões à nossa modernização e um dos aspectos a que a democracia ainda não deu cabal resposta. A sociedade portuguesa, apesar de diferente continua muito pouco dinâmica.

MFM acrescenta que «Os filhos dos mais desfavorecidos, mesmo com curso superior têm muita dificuldade em vingar. A revolução contribuiu para que muitos acreditassem ser a educação o caminho para uma vida melhor. Ao longo das últimas três décadas, os pais fizeram enormes sacrifícios para levar os filhos até à universidade. Não é raro encontrarmos empregadas de limpeza ou taxistas - os indivíduos das chamadas classes baixas com quem os intelectuais têm contacto - que alimentaram sonhos quanto à mobilidade social dos descendentes. Vendo-os desempregados, sentem-se, como é óbvio, ludibriados.» Sem perspectivas de mudança de vida para que vale um tão grande investimento? O abandono escolar poderá ser resolvido pela escola? Dificilmente. Está mais na mão da família e da sociedade. Depende da percepção que for dada pela realidade, para se perceber que a opção “racional” passa pela escola, a sociedade portuguesa tem de mostrar mais mobilidade e permitir que os que mais se esforçam e trabalham sejam recompensados e ser perceptivel que esse esforço e capacidade também passam e se desenvolve na escola. Se continuarmos a ver só os filhos dos privilegiados em posições de destaque, pouco podem acreditar nas vantagens da escola, para si e para os seus filhos, aqueles que não o são.

domingo, outubro 21

Noite


Luís Torgal

Alentejo Revisitado

A Caminho



Chegar ao Reabilitado Monte-do-Vale, entre a Terrugem e São Romão. Na parte raina do Alto Alentejo, bem junto a Elvas. Herdade a que a familia esteve ligada nos idos anos 40 e 50 do século XX. O isolamento ainda hoje se sente. Vale a pena imaginar como seria então. Uma familia, vivendo aqui, com 12 filhos a cargo.
Curiosidade: nem um desses filhos, dessa geração ficou no Alentejo.



Almoçar na Terrugem. Na "Sociedade"...



junto à Igreja, debaixo de um toldo, com um dia espectacular e uma refeição a condizer. Um típico almoço Mediterrânico. Sol, alegria, boa comida e bebida. E a família, sempre a família.



O verde "terra" da paisagem, sempre presente. O Outono, apesar de camuflado por um Verão tardio, afirma-se. O cheiro, esse não se pode aqui reproduzir, por enquanto. Só estando lá. Mas é um dos grandes protagonistas da paisagem.


A exuberância da cor, nos pequenos detalhes...



Depois terminar o dia em Vila Viçosa. Visita ao Castelo, Praça central, Palácio da Casa de Bragança, Seminário e a muita nostálgia.




Por último, a luz. Essa "grande escultora" que carateriza os lugares. Não só a do dia mas também a da noite, esteve no centro da emoção e da viagem.


Um sábado a sério.

Quanto ao Alentejo.
Voltar sempre...

quinta-feira, outubro 18

Nirvana


Uma atitude, por vezes, muito necessária...

Será impressão nossa ou


















estes dois senhores vão dar entrevistas hoje à noite. Um na RTP1 e outro na SIC.? Será uma estratégia para melhorar a "imagem" do novo PSD? Ou é já uma espécie de concurso de notoriedade vendo quem conseguirá o melhor share televisivo? A acompanhar com toda atenção...

terça-feira, outubro 16

Não se disse que não ia ser assim?

Hoje o Público escreve que Santana Lopes "Recebeu luz verde de Menezes, mas não terá unanimidade na liderança da bancada. "

O novo lider do PSD Luís Filipe Menezes, se bem nos recordamos, referiu que não iria interferir na eleição da bancada parlamentar?

Abel Salazar


Sem titulo

quinta-feira, outubro 11

Oliveira




A mais bela árvore.

A Tristeza do Rei

A propósito de um quadro de Matisse a Mariana, nossa filha, produziu esta sua visão sobre o mesmo tema. A Arte pela Arte.




Mariana Pereira Pisco (10 anos)

A Tristeza do Rei

2007





Matisse

A Tristeza do Rei

1952

segunda-feira, outubro 8

Montemor-o-Novo 3


Vista de Montemor-o-Novo a partir do Castelo


A urbe "intra muros" de Montemor foi sendo desocupada a partir do século XVI, estando desde o século XIX praticamente vazia. A escassez de água foi a razão do abandono para os arrabaldes, a actual povoação. Até o castelo esteve em ruína, consequência do terramoto de 1755, só voltando a erguer-se nos anos 40 na campanha de recuperação dos monumentos nacionais levadas a cabo pelo Estado Novo.
Um Presidente de Câmara de então, querendo aproveitar o terreno para outros fins tapou de terra o que tinha sobrada dos pavimentos e fundações da velha vila para poder o vender a retalho para fins agrícolas. Este facto, aparentemente um atentado ao património, resultou no guardar, para as gerações futuras, de uma estrutura urbana integral e muito bem conservada, de uma vila de origem medieval, como estão agora a confirmar as actuais escavações arqueológicas.

É caso para se dizer que não há bela sem senão…Resta saber aproveitar e por a descoberto esta pérola e criar um pequeno “parque temático” sobre a vida e história urbana desse tempo.