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Orhan Pamuk, foi, do ponto de vista literário, a nossa descoberta deste verão. A Editorial Presença acabou de editar (15-7-2008) a sua primeira edição em português. Ainda estamos a ler o livro mas a leitura está rápida, apesar dos muitos afazeres (meio férias meio trabalho).
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Pamuk reúne neste livro, publicado no ano em que ganhou o seu prémio Nobel, dois temas que me fascinam: A Biografia e a Cidade. O género literário biográfico ou, como no caso, autobiográfico é-nos particularmente caro. As cidades são para nós a mais fascinante obra humana. A mais complexa e impenetrável, e por isso mesmo, fascinante realização do homem. Mais correctamente dos homens, pois é fruto de um conjunto de vontades e não de uma só. E só existe no tempo. Ao longo dele, dependente dele.
Este autor Turco, que ainda estudou Arquitectura, mas a tempo se tornou escritor, é um verdadeiro apaixonado pela cidade. A sua cidade de Istambul. E através dela nos vai contando a sua própria história de vida, descrita de forma crua, mas simples. Sempre acompanhada por fotografias e gravuras. A preto e branco. Contrastadas e nostálgicas como a sua escrita.
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