domingo, fevereiro 13

Diplomados precários mais do que duplicaram em dez anos

Contráriamente aquilo que temos ouvido como reacção à música dos Deolinda "Parva", este fenómeno não é um problema de meninos com pouca iniciativa e com vontade de viverem à custa dos pais. É uma realidade.

Existe de facto uma vontade no discurso de muitos "jovens" de manter aquilo que a geração anterior considera "direitos adquiridos". Mas não sendo possível alargar para todos vai, necessáriamente, ter de se rever o conceito de "direitos adquiridos" e alargar para qualquer coisa como "o direito à equidade".
Onde, por exemplo, ter acesso a um emprego e a uma remuneração deverá ser dependente do seu curriculo, desempenho e/ou capacidade e não só em função da sua idade e da quantidade de tempo que já tem no lugar. Ou onde a remuneração que se leva para a reforma não dependa do ano em que reformou mas de uma formula que adapte as remunerações das pessoas reformadas em situações iguais ao longo do tempo, não ficando dependente do ano em que se reforma mas da situação em que se reforma.
Muitas "vacas sagradas" vão ter de cair nos próximos tempos ....para que todos sintam a sociedade mais justa.

Público - Diplomados precários mais do que duplicaram em dez anos

Aurea



Uma voz a acompanhar com atenção.




Busy (for me)

sábado, fevereiro 12

quinta-feira, fevereiro 10

A "fractura exposta"


Já escrevemos várias vezes sobre esta possibilidade. Em nossa opinião o próximo conflito social não será um conflito de Classes, como Marx teorizou para o século XIX e XX, mas um conflito geracional. Entre os instalados e os não instalados. Que se marca por uma fractura geracional que no nosso país tem o seu eixo em torno da nossa geração (40 anos).


José Manuel Fernandes escreveu uma brilhante reflexão sobre «Tudo o que espoliámos à “geração sem remuneração”», que vai nesse sentido. Nós já o tínhamos feito e.g. «Geração 25»; «Conflito de gerações».

Os últimos acontecimentos no Magrebe, apesar das diferenças de cultura e contexto, provam que existe um conflito de vagas (como lhe chamaria Toffler) em curso que marca um fosso entre os instalados e os não instalados. Essa fractura vai aparecer cada vez mais exposta.