segunda-feira, junho 18

Divulgação

Convite

"A recente decisão do Governo de efectuar um novo estudo para a análise comparativa da localização futura do aeroporto que substituirá a Portela, e claramente referindo Alcochete como essa alternativa, levanta questões importantes para a região e naturalmente para a sua capital de distrito que é a cidade de Setúbal.
A capacidade potenciadora do investimento e de desenvolvimento económico que um equipamento deste tipo comporta exige que sejamos esclarecidos sobre causas e efeitos e sobre todos os factores presentes e que estão subjacentes à construção deste equipamento, caso naturalmente se venha a concretizar na margem Sul do País.

Por um lado, os investimentos a concretizar na área da península de Setúbal, não só nas infra-estruturas da cidade aeroportuária mas também na construção das acessibilidades, podem ser decisivos no arranque do desenvolvimento económico e na criação de emprego numa região que como é sabido apresenta índices baixos de empregabilidade. É portanto uma oportunidade para a Península de Setúbal e para as empresas aqui sediadas que poderão beneficiar das acessibilidades construídas e os impactos financeiros podem vir a revelar-se na região de uma forma positiva.

Por outro lado, nesta região que tem apresentado os indicadores mais excelsos de protecção e de preocupações ambientais, a zona de Alcochete localizado nas bacias sedimentares do rio Tejo e do rio Sado que inclui algumas zonas especiais de protecção da natureza europeia, ganhou em 2004 o Prémio de Defesa Nacional e Ambiente e está próximo a uma rota de migração de aves pelo que o impacto que a construção de um aeroporto e a sua utilização pode acarretar são assuntos que importa acautelar e discutir com maior ou menor profundidade.

Considerando estes aspectos, a do desenvolvimento económico e a defesa estrita de uma política ambiental, a LASA entende que este assunto é de grande interesse público e da maior actualidade. E uma vez que a proximidade dos meses de Verão não permitiria discuti-lo senão próximo do fim do ano, numa altura em que deverão estarem concluídos os estudos e tomada uma decisão, a LASA considera oportuno neste momento, fazer uma discussão pública sobre os reflexos e os impactos que a construção de um novo aeroporto na margem Sul implicará sobre todos os nós.

Entende também a Lasa que o debate deverá servir para esclarecer algumas das questões mais importantes que rodeiam o assunto, caso dos temas da ecologia e do ambiente, do tráfego aéreo e do direito e também a clarificação de outros locais apropriados e identificados como alternativas à solução OTA.

Assim, a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão vai promover um debate público sobre a construção do novo aeroporto na margem Sul, em Julho. Pretendemos ouvir os Setubalenses e Azeitonenses, as instituições da cidade e do concelho, para além de instituições representativas do distrito. Deverá ser uma primeira discussão pública de natureza mais genérica a que se deverá seguir no final do corrente ano de uma outra, mais específica.

A Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão convida V.EX.ª a estar presente no debate sobre a “Construção do Novo Aeroporto na Margem Sul”, a realizar no dia 3 de Julho pelas 21 horas no Clube Setubalense. Serão oradores no debate, o General Lemos Ferreira, o Professor Paulino Pereira e o Professor José Manuel Palma.

Esperando contar com a vossa honrosa presença na iniciativa, apresentamos os nossos mais sinceros cumprimentos.


Setúbal, Cidade do Rio Azul, 15 de Junho de 2007
Pela Direcção


Carlos Alberto Pires da Silveira
Presidente
"

1 comentário:

Luís Marvão disse...

Este texto é mais do mesmo...A ilusão de que com mais betão (e com essa milagrosa descoberta de já não ser apenas aeroporto, mas tb e acima de tudo cidade aeroportuária) se vai puxar pelo crescimento económico da região e do país.
No fim desta história toda, lá teremos o nosso aeroporto internacional, capaz de fazer inveja aos espanhóis, e um Estado cada vez mais exaurido. E, claro, um rico e luxuoso consórcio privado a gerir e lucrar com os dinheiros públicos. Nada de novo, portanto.


P.S. O que escrevi aplica-se vale quer para a Ota, quer para Alcochete.