Fomos ver este bailado, aliás, dois bailados numa única sessão, no Sábado passado, no Teatro Camões, promovido pela Companhia Nacional de Bailado.
FOUR REASONS de Edward Clug & COME TOGETHER de Rui Horta.
Quer um quer outro são extremamente interessantes. O primeiro resulta de um diálogo entre os músicos em palco, piano violino (de Milko Lazar), e os bailarinos. Com uma cenografia a preto e branco, onde a luz esculpe o movimento dos corpos dos bailarinos, entre pedaços de cenário, que se vão desvendando ao longo do tempo.
O segundo é quase interactivo. Os bailarinos para além de dançarem, falam e cantam. A cenografia é toda construída a partir da luz. Com cor. O resultado das suas composições no palco ao desenhar diversas texturas torna o espectáculo quase dividido entre a dança e a pintura.
Estes dois bailados rompem as fronteiras entre as diversas formas de arte. Aliás, a tendência é cada vez mais essa, em todas as áreas de expressão. Nesse sentido estamos a caminhar para algo, salvo as devidas diferenças, mais próximo da abordagem medieval do que da modernidade. No sentido histórico do termo.
Parece estarmos caminhar para uma fusão das artes onde os seus limites estão a ficar esbatidos. A catedral reunia em si, e no seu interior, todas as formas e expressão artística do seu tempo. A modernidade veio separá-las. Especializá-las. Parece que estamos a fazer o caminho contrário.
Fomos ver em família (3 gerações), nas “Tardes de Família” (ao Sábado) promovida pela CNB, a preços especiais. Uma boa forma de promover o gosto pela dança e a convivência familiar. Fica mais barato que ir almoçar fora.
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