Tivemos o privilégio de partilhar a sua companhia na conferência e no jantar, organizada pela Prima Folia, no dia 24, sexta-feira, às 20:00 horas, na Academia Problemática e Obscura, em Setúbal.
O Arquitecto GRT é uma figura rara em Portugal. Vindo de uma família ligada à terra e ao mundo rural que a sua formação consolidou, é um dos últimos intelectuais portugueses que tem esta "raiz". É uma pessoa ligada aquilo que é perene, pouco dado aos fenómenos de moda, a que a nossa intelectualidade é tão vulnerável. Podemos mesmo identificá-lo com uma tradição mais anglo saxónica que continental. Apesar de por vezes parecer ter um discurso “revolucionário” GRT é tudo menos isso. Apenas coloca como expectativa no futuro aquilo que observou de bom no passado. Criticando duramente a perda de vinculo e respeito entre o homem e a natureza. Ou talvez mais correctamente entre a urbanização, a ruralidade e a natureza.
Durante a nossa conversa ao jantar, antes da conferência, podemos desfrutar do seu pensamento consistente fundado no “senso comum” onde a ciência serve mais para o explicar, do que para o contrariar. Um pensamento que valoriza o “costume” mais do que a novidade o “imposto”. Nesse sentido critico da desvalorização que se tem perante o saber popular assente na tradição. Tão mal tratado por esta “miragem modernizadora” que nos invadiu nas últimas décadas e que levou desrespeitar o que era a sabedoria ancestral, fundamentalmente no mundo rural e na sua relação com o urbano, que nos tem conduzido à actual insustentabilidade territorial em que vivemos.
Mas desenganem-se aqueles que o julgam um fundamentalista ambiental. Não, a sua visão critica sobre este tipo de "ambientalistas" é igualmente aguçada e coerente, considerando-os, na maioria das vezes uns “urbanos radicais” que andam à procura da “paisagem original” quando praticamente toda a natureza é construída com a intervenção do homem. E essa intervenção humana tornou, quase sempre, mais rica e diversa essa mesma natureza. Para GRT a sua preservação só é entendida com o homem no seu centro e nunca na procura de uma “qualquer natureza original” onde o homem não cabe ou está a mais.
Foi uma conferência a todos os títulos marcante e inesquecível.
O Arquitecto GRT é uma figura rara em Portugal. Vindo de uma família ligada à terra e ao mundo rural que a sua formação consolidou, é um dos últimos intelectuais portugueses que tem esta "raiz". É uma pessoa ligada aquilo que é perene, pouco dado aos fenómenos de moda, a que a nossa intelectualidade é tão vulnerável. Podemos mesmo identificá-lo com uma tradição mais anglo saxónica que continental. Apesar de por vezes parecer ter um discurso “revolucionário” GRT é tudo menos isso. Apenas coloca como expectativa no futuro aquilo que observou de bom no passado. Criticando duramente a perda de vinculo e respeito entre o homem e a natureza. Ou talvez mais correctamente entre a urbanização, a ruralidade e a natureza.
Durante a nossa conversa ao jantar, antes da conferência, podemos desfrutar do seu pensamento consistente fundado no “senso comum” onde a ciência serve mais para o explicar, do que para o contrariar. Um pensamento que valoriza o “costume” mais do que a novidade o “imposto”. Nesse sentido critico da desvalorização que se tem perante o saber popular assente na tradição. Tão mal tratado por esta “miragem modernizadora” que nos invadiu nas últimas décadas e que levou desrespeitar o que era a sabedoria ancestral, fundamentalmente no mundo rural e na sua relação com o urbano, que nos tem conduzido à actual insustentabilidade territorial em que vivemos.
Mas desenganem-se aqueles que o julgam um fundamentalista ambiental. Não, a sua visão critica sobre este tipo de "ambientalistas" é igualmente aguçada e coerente, considerando-os, na maioria das vezes uns “urbanos radicais” que andam à procura da “paisagem original” quando praticamente toda a natureza é construída com a intervenção do homem. E essa intervenção humana tornou, quase sempre, mais rica e diversa essa mesma natureza. Para GRT a sua preservação só é entendida com o homem no seu centro e nunca na procura de uma “qualquer natureza original” onde o homem não cabe ou está a mais.
Foi uma conferência a todos os títulos marcante e inesquecível.
2 comentários:
Habituei-me a admirar este homem desde já há alguns anos atrás, não pelo que é ou poderá ser, mas sim pela evidência da sua mensagem! Aquilo que diz e transmite é tão claro como a água pura e cristalina. Claro, como a justeza de uma verdade que esbarra sempre na obscura tacanez, pseudo-modernista que domina a nossa "praça" como um escalrracho podre e nauseabundo.
Que mais haverá para definir este gentil homem?
Rui Silva
Caro Rui.
Completamente de acordo.
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