Todos os anos é a mesma coisa. Mas todos os anos a alegria é imensa quando regressam. Há muito que já falávamos delas. Quando rompeu o calor, neste últimos dias, dizíamos que já cheirava a Primavera mas faltavam ainda as nossas Andorinhas para o confirmar.
É verdade, desde há onze anos, logo no segundo da nossa mudança cá para casa, que um casal de Andorinhas nos acompanha todas as Primaveras e nos deixam no Outono, criando pelo caminho as suas ninhadas. São nossos hóspedes. Da melhor maneira, partilhamos casa sem nos atrapalharmos, mas sentimos com alegria a companhia. Sabemos que estão lá e até acompanhamos os seus diversos rituais: o namoro, a construção do ninho, o crescimento das crias e a sua saída com os primeiros frios.
Não nos cansamos de celebrar este acontecimento apesar de singelo, cíclico e perene contém, em si, uma das mais belas facetas da existência: o reencontro. A alegria faz-se desse reencontro anual entre nós e elas, na companhia que nos fazemos e no milagre que é realizar vida e poder partilhá-la. Todas as Primaveras.
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