Na última 5ºFeira, dia 17 de Janeiro, estivemos na conferência de imprensa para a apresentação do Movimento Cívico “Pró-Margem Sul” ao qual, tivemos a honra de ser convidados para integrar. Este movimento lançado por iniciativa da LASA (Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão), tinha como principal objectivo fazer “lóbi” pela localização na margem sul do Tejo do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL). Tendo sido, entretanto, tomada a decisão pelo governo de o colocar no Campo de Tiro de Alcochete, achou-se por bem manter o “movimento”, para se acompanhar os próximos desenvolvimentos. A decisão da localização é apenas um dos aspectos. Tudo o resto se mantém em aberto. Para quem vive na região a oportunidade é imensa mas ameaças também são muitas. Por essa razão pareceu-nos ser importante manter um grupo de reflexão, vindo da sociedade civil, sobre o futuro desenvolvimento desta infraestrutura.
Vamos de seguida colocar algumas questões que foram levantadas ao longo da cessão e que por si só merecem a nossa atenção:
O NAL deve ser o mais próximo possível de Lisboa para ser competitivo. O que deixa ainda em aberto a sua exacta localização.
As suas acessibilidades devem ser alvo de grande ponderação. Quer pela sua contribuição para o encurtar das distâncias, quer por questões de ordenamento do território e de custo de investimento. Como se sabe até a ponte Chelas/Barreiro não é consensual e torná-la também rodoviária ainda menos. Mas as duvidas não são só estas.
A forma como este processo vai ser conduzido é outro dos factores críticos identificados. Deixar a condução deste processo entregue à actual Administração, Nacional, Regional e Local, parece ser pouco recomendável. Será eventualmente necessário criar um organismo próprio com competências especiais para lançar e acompanhar este projecto. Este, sendo um projecto faseado, tem alguma urgência inicial. Relacionada com a competição à escala Ibérica que assume. Do ponto de vista aeronáutico mas não só. Mas a preocupação é de ocupação do território. Deve ser mantido um dos seus factores competitivos: a sua capacidade de expansão. E esta não é só directamente ligada ao número de pistas, mas da “cidade aeroportuária” que se tem de planear e definir conceptualmente. Pois não se trata de uma verdadeira cidade, mas de um pólo com diversas especialidades e funcionalidades.
Ficam aqui enumeradas algumas das questões pendentes e que merecem a atenção de todos. Especialmente dos que mais directamente serão afectados por elas no seu quotidiano. Os habitantes da nossa região.
Vamos de seguida colocar algumas questões que foram levantadas ao longo da cessão e que por si só merecem a nossa atenção:
O NAL deve ser o mais próximo possível de Lisboa para ser competitivo. O que deixa ainda em aberto a sua exacta localização.
As suas acessibilidades devem ser alvo de grande ponderação. Quer pela sua contribuição para o encurtar das distâncias, quer por questões de ordenamento do território e de custo de investimento. Como se sabe até a ponte Chelas/Barreiro não é consensual e torná-la também rodoviária ainda menos. Mas as duvidas não são só estas.
A forma como este processo vai ser conduzido é outro dos factores críticos identificados. Deixar a condução deste processo entregue à actual Administração, Nacional, Regional e Local, parece ser pouco recomendável. Será eventualmente necessário criar um organismo próprio com competências especiais para lançar e acompanhar este projecto. Este, sendo um projecto faseado, tem alguma urgência inicial. Relacionada com a competição à escala Ibérica que assume. Do ponto de vista aeronáutico mas não só. Mas a preocupação é de ocupação do território. Deve ser mantido um dos seus factores competitivos: a sua capacidade de expansão. E esta não é só directamente ligada ao número de pistas, mas da “cidade aeroportuária” que se tem de planear e definir conceptualmente. Pois não se trata de uma verdadeira cidade, mas de um pólo com diversas especialidades e funcionalidades.
Ficam aqui enumeradas algumas das questões pendentes e que merecem a atenção de todos. Especialmente dos que mais directamente serão afectados por elas no seu quotidiano. Os habitantes da nossa região.
1 comentário:
Esse movimento ficará certamente marcado pela anedota de se ter constituído quando já estava decidido o objectivo pelo qual iria lutar. E a anedota não me parece vazia de significado. Há muitas maneiras de ver isto, mas podemos começar pela aberrante designação do movimento. Esta região tem nome — é abjecto que gente de cá a queira designar como "margem sul". Trata-se de uma designação centralizadora, nascida do ponto de vista da magestática capital, que nos trata como margem (tal como em tempos nos designou como "a outra banda"). Há, aliás, essa estratégia de "uma cidade, duas margens", que ninguém em Setúbal parece contestar, o que é igualmente significativo da anemia que nos consome.
Nunca ocorreu aos movimentistas discutir uma estratégia para a região de Setúbal? Ou, pelo menos, discutir as estratégias que estão vertidas em documentos (PEDEPES, Lisboa 2020, PROTAML etc) ? Vai o movimento aconselhar o país a fazer o aeroporto e a cidade aeroportuária? E vamos constituir mais um organismo, por cima da kafkiana teia da administração, para quê? E com que legitimidade será composto? Será eleito? Será cooptado pelas instituições existentes? Ou por assembleias populares? E que poderes terá?
Desculpe que lhe diga, mas tudo isto me parece simplesmente muito pouco pensado.
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