O desperdício é coisa que me aflige. O desperdício de dinheiros públicos mais ainda. Ainda mais de forma impune. Vem isto a propósito de uma entrevista dada pelo Dr. Eugénio da Fonseca, o Presidente da Cáritas Nacional e da Cáritas Diocesana de Setúbal, (no Jornal de Setúbal de 6 de Dezembro). Refere-se, este, ao impressionante esbanjamento de dinheiros públicos - no caso do Convento de São Francisco, em Setúbal – sem qualquer tipo de consequência. Lembro que este convento foi alvo de uma intervenção – ou antes, o terreno que lhe é contíguo, porque no edifício do convento, ainda nada foi feito para a sua recuperação – no sentido de retirar os seus ocupantes – realojados pelo programa PER – e de fazer um novo Colégio da Casa Pia. Ao tempo o primeiro-ministro era o Eng. António Guterres. No entanto, só recentemente foi, parcialmente realizado. Só nesta altura se percebeu que as instalações produzidas não servem para o propósito pretendido. Apesar de ser um projecto de raiz. No entretanto gastaram-se milhares de euros e, provavelmente, gastar muitos mais para o poder por a funcionar. Caso muito estranho. Mas apesar disto tudo, que eu tenha conhecimento, nenhum relatório da Segurança Social foi realizado para apurar o responsável, ou responsáveis, por tamanha irresponsabilidade. Agora está-se a tentar “encontrar” uma nova função para este novo elefante branco. Recordo que neste caso me parece ser a responsabilidade não só politica mas também técnico/administrativa. Mas nada disso importa. O que está feito, feito está, especialmente porque o dinheiro é de todos. Porque se fosse dos que tomaram esta decisão, provavelmente não acabaria assim.
Para corrigir estes procedimentos não é necessário aprovar nenhuma nova lei, basta vergonha e responsabilidade. E passar a entender os dinheiros públicos como nossos e não “deles”.
Para corrigir estes procedimentos não é necessário aprovar nenhuma nova lei, basta vergonha e responsabilidade. E passar a entender os dinheiros públicos como nossos e não “deles”.
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