quarta-feira, dezembro 15

Previsibilidade e bom senso

A época que estamos a viver é estranha, nada do que é suposto acontecer, acontece. O presidente, em Junho, faz o que ninguém esperava, não dissolve o Parlamento. A meu ver bem. Reconduz um novo primeiro-ministro, mas dá a entender que este deveria manter a linha de rumo do anterior governo.
Este primeiro a primeira coisa que faz é mudar estruturalmente a orgânica do governo. Com todos os custos que isso tem na administração. Um atraso de meses entre a posse de um novo ministro e a nova aprovação da nova lei orgânica. De seguida, o primeiro-ministro fica instável com o problema da “legitimidade” pedida pela oposição. Tornando-se ele próprio no maior sintoma de instabilidade governativa, vendo-se na incubadora e mal tratado por todos, inclusive pelos seus, os tais “irmãos mais velhos” e restante família. Entretanto anuncia um “tempo novo” de que o orçamento do estado é o principal arauto.
O presidente resolve - a propósito de Chaves - então dissolver a assembleia, o que parecia inevitável, apesar do calendário não ser a melhor. O que o primeiro parece sentir como um alívio. Pelo menos passou a andar melhor encarado, menos acossado. Sorridente até. No entanto o presidente, pasme-se, quer ver aprovado este orçamento do estado. O principal instrumento político deste governo, aparentemente desgovernado. E por causa do aumento dos funcionários públicos. Despesa e não consolidação orçamental, como aparentemente defendia.
Não bastando o governo demite-se. A aliança não se faz, mas anuncia-se um acordo pós eleições no caso do PSD as ganhar.
Sinceramente, há alturas em que gostava de maior previsibilidade. Ou será apenas bom senso…

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