A vida é surpreendente. Sempre mais do que possamos pensar. Mesmo na mais rotineira das existências ela não deixa os seus créditos por mãos alheias. E uma vez por outra, lá prega uma partida, e o que pensávamos seguro, de repente deixa de o ser. Por esta razão – e por humildade metodológica – tenho sempre algum pudor em análises determinísticas. Tenho, por isso, alguma cautela com o excesso, próprio de tempos de viragem, mais condizentes, estes, com a lógica do seguidismo imediatista que com a reflexão. Necessariamente irmanada pela indispensável calma e ponderação individual.
Tal como no nosso percurso individual, esta intervenção exterior - a que chamei vida - apresenta-se também na dimensão colectiva.
Vivemos actualmente num tempo surpreendente - não é o mesmo que interessante - mas cheio de surpresas inquietantes. Julgávamo-nos plenamente “integrados” nesta Europa, já comodamente instalados. Eis senão quando, nos apercebemos que no essencial ainda muito está por mudar.
Penso que estamos – no nosso caminho enquanto nação – numa nova fase de crescimento. Sem o percebermos muito bem, procuramos decidir a que universo de referências queremos pertencer – ao Europeu ou ao Africano.
Talvez hoje, e após muito séculos, estejamos de novo confrontados connosco próprios. Sem álibi, nem lugar para onde fugir. Estamos obrigados a decidir o que pretendemos fazer.
Pertencer à Europa foi uma viragem histórica sem precedentes. Mas, enquanto inicialmente, se encarou como uma nova forma de enriquecimento fácil. Agora estamos a perceber que é um caminho mais duro. Definitivo, ou pelo menos longo e aparentemente sem retorno. Gostamos do conforto mas custa-nos organizá-lo. Queremos ser “civilizados” e cumpridores, mas sempre que isso não nos afecte. Porque quando nos toca a nós é sempre “injusto” e tendencioso, “então e eles”? E “eles” são sempre os outros: os que são poderosos; os políticos; os ricos; os famosos; etc.
O esforço produzido até agora não me parece estar em causa. Mas penso que estamos num caminho sem volta. Temos que mudar. E mudar colectivamente. Uns com os outros e dentro do nosso país. Não nos resta mais nada senão, melhorar as nossas fraquezas e os nossos defeitos. E isso dói. No entanto, quanto mais longa for a demora, para corrigir o que está mal, mais tempo temos que sofrer.
O Fado é uma das canções nacionais, mas sinceramente, não julgo que sejamos masoquistas.
Tal como no nosso percurso individual, esta intervenção exterior - a que chamei vida - apresenta-se também na dimensão colectiva.
Vivemos actualmente num tempo surpreendente - não é o mesmo que interessante - mas cheio de surpresas inquietantes. Julgávamo-nos plenamente “integrados” nesta Europa, já comodamente instalados. Eis senão quando, nos apercebemos que no essencial ainda muito está por mudar.
Penso que estamos – no nosso caminho enquanto nação – numa nova fase de crescimento. Sem o percebermos muito bem, procuramos decidir a que universo de referências queremos pertencer – ao Europeu ou ao Africano.
Talvez hoje, e após muito séculos, estejamos de novo confrontados connosco próprios. Sem álibi, nem lugar para onde fugir. Estamos obrigados a decidir o que pretendemos fazer.
Pertencer à Europa foi uma viragem histórica sem precedentes. Mas, enquanto inicialmente, se encarou como uma nova forma de enriquecimento fácil. Agora estamos a perceber que é um caminho mais duro. Definitivo, ou pelo menos longo e aparentemente sem retorno. Gostamos do conforto mas custa-nos organizá-lo. Queremos ser “civilizados” e cumpridores, mas sempre que isso não nos afecte. Porque quando nos toca a nós é sempre “injusto” e tendencioso, “então e eles”? E “eles” são sempre os outros: os que são poderosos; os políticos; os ricos; os famosos; etc.
O esforço produzido até agora não me parece estar em causa. Mas penso que estamos num caminho sem volta. Temos que mudar. E mudar colectivamente. Uns com os outros e dentro do nosso país. Não nos resta mais nada senão, melhorar as nossas fraquezas e os nossos defeitos. E isso dói. No entanto, quanto mais longa for a demora, para corrigir o que está mal, mais tempo temos que sofrer.
O Fado é uma das canções nacionais, mas sinceramente, não julgo que sejamos masoquistas.
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