sábado, dezembro 18

Portalegre


Portalegre



Estive ontem em Portalegre. Portugal está incrivelmente mais acessível. Setúbal -Portalegre em menos de 2 horas estava lá. Sem acelerar e com nevoeiro.
Esta cidade a norte do Alentejo está fora de rota. Os grandes eixos do “desenvolvimento” não passam por ali. Sendo uma cidade do interior e estando fora dos caminhos de ligação a Espanha tem vindo a perder importância económica há décadas. A demografia confirma-o.
Esta cidade é atípica no panorama alentejano, pois situa-se no cimo de uma serra – S. Mamede. A fisionomia da cidade histórica é de alguma dignidade revelando uma certa opulência económica decorrente da sua vida rural. O crescimento da cidade durante o Estado Novo é seguro e integrado. A transição das colinas para a planície cresceu pior. Ainda não está consolidada, mas, pela morosidade e crescimento lento a que foi sujeita, por contingências históricas, ainda poderá recompor-se.
Cá está mais uma cidade do interior – já antes aqui me referi a Évora - em que a instalação do Ensino Superior não chegou como vector de desenvolvimento e simultaneamente para fixar população. Outros caminhos vão ter de seguir para se afirmarem como pólo regional.
Em termos gastronómicos o prato típico é bem razoável e a comida tem sabor “caseiro”. O sentido é literal. O restaurante onde comi, perto da Câmara Municipal, tinha cerca de cinco pessoas sentadas enquanto almocei. Quase em família. Em todas as situações podemos encontrar vantagens, é saber aproveita-las.

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