terça-feira, dezembro 14

Templo de Diana



Templo de Diana
Voltar a Évora é sempre um prazer. O “cheiro a Alentejo” é inebriante. Ter a possibilidade de comer uma verdadeira açorda, com bacalhau e ovo cozido retempera o dia, já de algum cansaço. Estando previsto mais, depois de almoço, soube a descanso merecido, a reencontro.
Atravessei a cidade a pé. Não só o centro histórico, mas para lá das muralhas. Évora cresceu bem. Cresceu devagar. Não foi sujeita ao crescimento avassalador das, actualmente denominadas, Áreas Metropolitanas. Dentro de muralhas é altamente compacta e densificada, como o são todas as grandes cidades históricas em Portugal. Mas fora destas cresce com espaço. Cheia de interstícios – deixados pelas propriedades ainda agrícolas, ou nem por isso mas apenas expectantes – entre os bairros. Todo o conjunto de casario é um bairro. Como toda a casa no campo é um “monte”. Estes bairros foram crescendo fora da “velha” urbe, mas vão-se adoçando ao longo de vias com dimensão contemporânea, continuando a construir a cidade. Renovando-a.
O que preocupa é a densidade, ou a falta dela. Os números não mentem e revelam uma diminuição constante da população escolar. Não estou a falar da universitária, mas do ensino básico e secundário. Começa a estar provado que não basta a universidade para puxar e manter população. São necessários outros “motores” de desenvolvimento para as cidades médias do interior. Estas, mesmo as patrimoniais, como é o caso, não vivem só de edifícios. Os seus habitantes são a sua maior riqueza. Sem eles fica só “ruína”.
Passar pelo templo de Diana deixa-me sempre uma perplexidade: é belo, mas os Romanos já não habitam lá…

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